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Khadji-Murát
Lev Tolstói
Inclui o ensaio "Tolstói: antiarte e rebeldia", de Boris Schnaiderman
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Obra-prima de uma atualidade impressionante, a novela Khadji-Murát é o último livro de Tolstói e está à altura dos seus grandes romances Anna Kariênina e Guerra e paz. Centrado na figura do líder rebelde tchetcheno Khadji-Murát (1796-1852) - pela qual o escritor se interessou desde que serviu no Cáucaso como soldado, na juventude -, o livro narra em 25 capítulos curtos sua luta pela sobrevivência e pela afirmação dos valores de sua cultura. Com um ritmo fluente e vertiginoso, que lembra o cinema, Tolstói criou uma narrativa insuperável, um pequeno épico repleto de poesia, natureza, ação, lirismo, história e denúncia da violência. O volume inclui ainda o ensaio "Tolstói: antiarte e rebeldia", de Boris Schnaiderman, que discute a vida e a obra do grande escritor russo, e a importância de Khadji-Murát em sua produção. |
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O cupom falso
Lev Tolstói
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Depois de levar a arte do romance ao seu apogeu com Guerra e paz e Anna Kariênina, Lev Tolstói, no auge de sua fama, dedicou-se a buscar uma forma minimalista, capaz de condensar nas poucas páginas de uma novela toda a riqueza e a complexidade de suas grandes criações. Concebido ao longo de mais de uma década e publicado somente em 1911, um ano após a morte do autor, O cupom falso está estruturado em duas partes simétricas. Se, na primeira, a falsificação de um cupom monetário por um jovem estudante dispara uma sequência de acontecimentos catastróficos envolvendo múltiplos personagens, na segunda parte assistimos ao movimento reverso, em que as ações humanas passam do mal à redenção. |
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Ássia
Ivan Turguêniev
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Publicada em 1857, a novela Ássia é um dos exemplos mais acabados do talento de Ivan Turguêniev, um dos maiores escritores russos, em revelar, sem panfletarismo, as estruturas mais profundas da sociedade de seu país. O enredo aparentemente singelo — em que um nobre russo viajando pela Alemanha faz amizade com um casal de irmãos, também russos, e se apaixona pela irmã mais nova, Ássia — traz, em uma camada mais profunda, uma discussão sobre as relações entre as elites e os servos emancipados. Ao mesmo tempo, o livro aborda o tema do “homem supérfluo”, aquela geração de jovens da nobreza russa que tinha grandes ideais, mas era incapaz de colocá-los em prática. No posfácio ao volume, a tradutora Fátima Bianchi aponta os fortes elementos autobiográficos inscritos na narrativa, e demonstra que esta novela concisa ocupa um lugar central na vida e obra de Turguêniev. |
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