Charles Baudelaire nasceu em Paris, em 1821. Órfão de pai aos cinco anos, passou a infância e a adolescência entre Lyon e Paris, onde a duras penas terminou o liceu. Tendo recebido parte da herança paterna em 1842, entregou-se à vida boêmia, vivendo como dândi, colaborando com jornais e entregando-se ao álcool e aos alucinógenos. Foi nessa época que conheceu a haitiana Jeanne Duval, sua musa e amante, ao mesmo tempo que se engajava na refrega artística e literária, defendendo Delacroix e Balzac, entre outros. Em 1848 Baudelaire tomou parte na revolução que pôs fim ao reinado de Luís Filipe, instaurando a breve Segunda República francesa. No mesmo ano, o poeta começou a traduzir as obras de Edgar Allan Poe e dedicar ensaios ao escritor norte-americano. Em 1857 reuniu sua produção poética no volume As flores do Mal, obra que lhe valeu a fama e uma condenação por imoralidade, culminando na apreensão do livro. Em 1860 publicou Os paraísos artificiais, sobre sua experiência com o ópio e o haxixe, e no ano seguinte saiu a segunda edição das Flores do Mal, expurgada de seis poemas, mas acrescida de 32 novos textos. Publica então seus ensaios estéticos mais maduros, como O pintor da vida moderna (1863), e dedica-se à redação dos poemas em prosa de O spleen de Paris, obra lançada postumamente em 1868. Abatido pela sífilis e perseguido pelos credores, se refugia na Bélgica. Após sofrer um acidente vascular, é levado de volta a Paris, onde falece em 1867. |
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