Nascido em Paris em 1949, Philippe Descola é um dos principais antropólogos de sua geração. Formado em filosofia pela École Normale Supérieure de Saint-Cloud, fez seu doutorado em antropologia na École Pratique des Hautes Études, sob a orientação de Claude Lévi-Strauss, com uma tese baseada em seu trabalho de campo junto aos achuar da Amazônia equatoriana entre 1976 e 1979. Ensinou a partir de 1987 na École des Hautes Études en Sciences Sociales e, em 2000, foi nomeado para uma cátedra de antropologia no Collège de France. Em 2012, recebeu a medalha de ouro do Centre National de la Recherche Scientifique. Suas pesquisas investigam os modos de socialização da natureza, a formação das noções de “natureza” e “cultura” e as diferentes ontologias que daí derivam. É autor de obras como La Nature domestique (1986), Les Lances du crépuscule (1993; ed. bras.: As lanças do crepúsculo, trad. de Dorothée de Bruchard, 2006), Par-delà nature et culture (2005; ed. bras.: Para além de natureza e cultura, tradução de Andrea Daher e Luiz César de Sá), Diversité des natures, diversité des cultures (2010, publicado na coleção Fábula sob o título Outras naturezas, outras culturas, tradução de Cecília Ciscato, 2016) e La Composition des mondes (2014). |