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Garimpo
Beatriz Bracher
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Reunião dos contos mais recentes de Beatriz Bracher, escritos entre 2009 e 2012, Garimpo traz nove textos que levam mais adiante as experimentações formais e o lirismo característicos da premiada autora de Antônio e Meu amor. De uma conversa de chat, em "Michel e Flora", até o conto mais longo que dá título ao livro, escrito como anotações de um diário, passando pelo esboço de roteiro em "Para um filme de amor", as narrativas compõem um projeto literário que busca, conforme a definição de Ricardo Lísias, "iluminar as brechas da linguagem através de inquietações históricas e do mergulho íntimo nas personagens". |
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Lívia e o cemitério africano
Alberto Martins
Gravuras do autor
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Um arquiteto em crise às voltas com a mãe senil, um sobrinho adolescente, portador de uma doença degenerativa, e a inquietante figura de Lívia, a namorada de seu falecido irmão, que, com suas viagens misteriosas e um obscuro interesse por arqueologia, tanto ilumina como confunde o percurso do protagonista. Este é o núcleo básico de Lívia e o cemitério africano, relato tenso e cristalino que, ao mesmo tempo em que questiona os limites da própria fabulação, reafirma, com precisão desconcertante e capacidade quase infinita de sugestão, o poder regenerador das narrativas. |
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Triz
Pedro Sussekind
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Um tradutor do russo que aposta em corridas de cavalos e traduz um romance sobre jogos de cartas. Uma malograda paixão de adolescência que volta a se insinuar no presente e ameaça transformar-se em objeto de obsessão. Ligando os dois planos narrativos - o da vida do tradutor-narrador e o do romance que ele traduz -, o gesto da aposta, o elemento do acaso, o espaço ingovernável entre o desejo e sua realização.
Sob a superfície aparentemente simples dos eventos narrados, jaz uma trama de referências que faz de Triz, primeiro romance de Pedro Süssekind, uma leitura ao mesmo tempo leve e instigante, na qual os jogos de azar constituem também uma alegoria da própria ficção.aolp
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