Nada se vê
seis ensaios sobre pintura
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Daniel Arasse
4 cores
168 p. - 16 x 23 cm
ISBN 978-85-7326-729-7
2019
- 1a edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
O que acontece quando observamos uma pintura? Como funcionam os processos da percepção, da memória e do pensamento diante de uma obra de arte? E como traduzir para si mesmo essa experiência que se passa, frequentemente, na fronteira entre o que é evidente e o que é invisível?
Em Nada se vê: seis ensaios sobre pintura, Daniel Arasse (1944-2003), por muitos anos diretor da École des Hautes Études en Sciences Sociales, da França, e mestre brilhante de toda uma geração de críticos e historiadores da arte, provoca um verdadeiro curto-circuito em nossos hábitos mentais, e ilumina de forma radicalmente nova obras-primas como Marte e Vênus surpreendidos por Vulcano, de Tintoretto, a Adoração dos Magos, de Bruegel, a Vênus de Urbino, de Ticiano, ou As meninas, de Velázquez.
Traduzido com fina sintonia, ilustrado por imagens a cores e acrescido de notas, Nada se vê é um livro raro, dotado de uma clareza extraordinária, que aborda de modo fascinante as múltiplas dimensões da experiência estética e é capaz de surpreender tanto o leitor especialista como o iniciante na matéria.
Sobre o autor
Daniel Arasse nasceu em Orã, na Argélia, em 1944, e ingressou na École Normale Superièure, em Paris, em 1965, onde se diplomou em estudos clássicos. Após estudar na Sorbonne, transferiu-se para a École des Hautes Études en Sciences Sociales, orientado por Louis Marin, instituição da qual se tornaria diretor em 1993. Após as revoltas estudantis de maio de 1968, foi indicado maître de conférence na Universidade de Paris I, tornando-se amplamente conhecido por seus ensaios sobre a arte e a iconologia do Renascimento italiano e também sobre a arte flamenga e francesa dos séculos XVII e XVIII. É autor de vários livros, como Le Détail (1992), Le Sujet dans le tableau (1997) e On n'y voit rien (2000). No final de sua vida, realizou para a rádio France Culture uma série de programas intitulada Histoires de peintures, que alcançou enorme repercussão junto ao público. Faleceu em Paris, em 2003, aos 59 anos.
Sobre os tradutores
Nascida em São Paulo, em 1982, Camila Vargas Boldrini é editora, tradutora e ambientalista. Formada em história e jornalismo, especializou-se em questões de colapso socioambiental no Museu de História Natural de Paris. Atualmente, dedica parte de seu tempo à restauração de uma parcela de solo na serra da Mantiqueira.
Daniel Lühmann nasceu em Poços de Caldas, MG, em 1987. Formou-se em Letras em São Paulo pela FFLCH-USP e fez mestrado em estudos coreográficos em Montpellier, na França (Université Paul Valéry/ICI-CCN). Como tradutor, já assinou versões de autores como Monique Wittig, Claude Cahun, George Orwell, Nastassja Martin e Paul B. Preciado, entre outros.
Veja também
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