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Rever Debret
Colônia — Ateliê — Nação

 

Jacques Leenhardt

Tradução de Samuel Titan Jr.
Projeto gráfico de Raul Loureiro

136 p. - 15 x 22,5 cm
ISBN 978-65-5525-161-6
2023 - 1º edição

Durante a década e meia que passou no Rio de Janeiro, entre 1816 e 1831, Jean-Baptiste Debret viveu uma existência dupla. Pintor da Corte, serviu dom João VI e dom Pedro I; ao mesmo tempo, preenchia caderno após caderno com desenhos e aquarelas, registrando o que via nas ruas da cidade tropical e escravocrata. De volta à França, valeu-se dos frutos desse ateliê das ruas para ilustrar copiosamente sua Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, publicada entre 1834 e 1839. No coração das imagens e dos textos que as acompanham, palpita uma pergunta premente para seu autor, filho da Revolução Francesa: como criar uma nação moderna a partir de uma história tão violenta, marcada pela perseguição aos indígenas e pela escravidão africana? Estamos longe, como se vê, da imagem costumeira do pintor neoclássico em exótico exílio ultramarino. Neste ensaio original que é Rever Debret: Colônia — Ateliê — Nação, Jacques Leenhardt convida-nos a revisitar a obra de Debret, bem como sua longa e atribulada fortuna entre nós, até o presente mais próximo. Pois, rechaçado pela Biblioteca Imperial brasileira no século XIX, redescoberto e traduzido no XX, o livro de Debret converteu-se, no início do XXI, em ponto de partida para um intenso trabalho de crítica, paródia e carnavalização na arte brasileira, sobretudo às mãos de artistas ameríndios e afro-brasileiros. É para essa reviravolta que se dirige a atenção de Leenhardt na parte final de Rever Debret — para esse momento em que vão se invertendo simbolicamente as hierarquias iniciais, de tal modo que os herdeiros dos antigos focos da atenção de Debret retomam e subvertem as imagens do passado. Nesse ateliê contemporâneo vão se plasmando não apenas novas formas de prática artística, mas também novas formas de imaginar os corpos e os saberes, as fraturas e as possibilidades de uma nova história para a nação brasileira em uma perspectiva livre da sombra colonial.


Sobre o autor
Nascido em 1942, Jacques Leenhardt estudou filosofia e ciências sociais em Paris, onde atua como diretor de pesquisas na École des Hautes Études en Sciences Sociales. Autor de obras de sociologia da literatura, entre as quais Lecture politique du roman: La Jalousie d’Alain Robbe-Grillet (Paris, Minuit, 1973) e Lire la lecture (Paris, Le Sycomore, 1982), dedicou-se igualmente a investigar a criação literária e plástica no Brasil e na América hispânica, assinando inúmeros ensaios, catálogos e livros, como Dans les jardins de Roberto Burle Marx (Arles, Actes Sud, 1994), traduzido para o português: Nos jardins de Roberto Burle Marx (São Paulo, Perspectiva, 1996). Membro fundador da associação Archives de la Critique d’Art, é também presidente honorário da Association Internationale des Critiques d’Art. Foi curador de diversas exposições, tanto monográficas (sobre Jean-Baptiste Debret, Frans Krajcberg, Iberê Camargo, Seydou Keïta, Antoni Tàpies e Wifredo Lam, entre outras) como coletivas (a exemplo de Villette-Amazone, Paris, 1996 e Arte Frágil, Resistências, São Paulo, 2009). Estudioso de Debret, foi responsável pelas novas edições francesa e brasileira da Viagem pitoresca e histórica ao Brasil (Imprimerie Nationale, 2014 e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2016). Nos últimos anos, vem se dedicando em particular à obra de Hercule Florence.


Sobre o tradutor
Samuel Titan Jr. nasceu em Belém, em 1970. Estudou filosofia na Universidade de São Paulo, onde leciona Teoria Literária e Literatura Comparada desde 2005. Editor e tradutor, organizou com Davi Arrigucci Jr. uma antologia de Erich Auerbach (Ensaios de literatura ocidental) e assinou versões para o português de autores como Adolfo Bioy Casares (A invenção de Morel), Gustave Flaubert (Três contos, em colaboração com Milton Hatoum), Jean Giono (O homem que plantava árvores, em colaboração com Cecília Ciscato), Voltaire (Cândido ou o otimismo), Prosper Mérimée (Carmen), Charles Baudelaire (O spleen de Paris), Eliot Weinberger (As estrelas) e José Revueltas (A gaiola).


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