168 p. - 14 x 21 cm
ISBN 978-85-7326-536-1
Qual o papel da leitura na construção do indivíduo? Em que medida ela pode desempenhar uma função reparadora em casos de danos psíquicos e sociais? Como pensar o lugar da leitura em bibliotecas e no contexto educacional? Estas são algumas das perguntas levantadas neste livro pela antropóloga francesa Michèle Petit - já conhecida no Brasil por Os jovens e a leitura (2008) e A arte de ler (2009).
Os textos reunidos em Leituras: do espaço íntimo ao espaço público são o resultado de conferências realizadas em países da América Latina e voltadas, entre outros, para bibliotecários, professores, mediadores de leituras e profissionais dedicados à formação de leitores de modo geral. Em comum, estes ensaios destacam a leitura como atividade de resistência e indagação, a qual permite a muitas pessoas em circunstâncias desfavoráveis tornarem-se agentes de seus destinos.
Por meio de entrevistas com leitores, depoimentos de autores consagrados e considerações acerca de sua própria trajetória como leitora, Michèle Petit nos leva a refletir sobre as possibilidades de conjugarmos as dimensões individual e coletiva da leitura no campo da educação, da formação de leitores e da cidadania.
Michèle Petit é antropóloga, pesquisadora do Laboratório de Dinâmicas Sociais e Recomposição dos Espaços, do Centre National de la Recherche Scientifique, na França, no qual ingressou em 1972. Desde 2004 coordena um programa internacional sobre “a leitura em espaços de crise”, compreendendo tanto situações de guerra ou migrações forçadas como contextos de rápida deterioração econômica e grande violência social.
Com obras traduzidas em vários países da Europa e da América Latina, Michèle Petit já lançou no Brasil Os jovens e a leitura (2008, Selo “Altamente Recomendável” da FNLIJ), A arte de ler (2009), Leituras: do espaço íntimo ao espaço público (2013) e Ler o mundo (2019), todos pela Editora 34.