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Contos dos sábios crioulos
Patrick Chamoiseau
Posfácio de Edimilson de Almeida Pereira
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Autor de uma obra que transita entre o romance e o ensaio, vencedor do Prêmio Goncourt em 1992, Patrick Chamoiseau é hoje uma das vozes mais expressivas da literatura francesa. Herdeiro da tradição antilhana de Aimé Césaire e Édouard Glissant, o escritor martinicano, natural de Fort-de-France, é um dos principais teóricos da “crioulidade”, e sua escrita reflete as complexidades linguísticas caribenhas em diálogo com as dinâmicas globais da afrodiáspora e da decolonialidade. Contos dos sábios crioulos, seu primeiro livro de narrativas curtas publicado no Brasil, remonta ao período escravagista das Antilhas. Associando elementos das culturas africana e europeia, e apresentando personagens humanos ou sobrenaturais, estas dez histórias dão voz a um povo que busca driblar a fome, o medo e a vigilância colonial, ao mesmo tempo em que, por desvios e astúcias, transmitem sua mensagem de resistência também aos senhores. |
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Ilê Aiyê:
a fábrica do mundo afro
Michel Agier
Posfácio de Antonio Sérgio Alfredo Guimarães
Fotografias de Milton Guran
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Este novo livro do antropólogo francês Michel Agier, professor da École des Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris, que se radicou na Bahia por muitos anos, investiga as cinco décadas de história do Ilê Aiyê, o primeiro bloco afro de Salvador, criado em 1974: um verdadeiro movimento cultural e social que seria responsável não só pela reinvenção do carnaval da Bahia, mas por lançar um novo olhar sobre as relações raciais no Brasil. Enriquecido pelas fotografias de Milton Guran e pelo posfácio de Antonio Sérgio Alfredo Guimarães, o resultado é um estudo vivíssimo, que discute não apenas a cultura afro-baiana, mas também o devir de outras culturas diaspóricas ao redor do globo. |
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Somos animais poéticos:
a arte, os livros e a beleza em tempos de crise
Michèle Petit
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Em Somos animais poéticos, a antropóloga francesa Michèle Petit — referência mundial nos estudos sobre a leitura, a função das bibliotecas e dos mediadores culturais — ilumina o modo como a literatura, oral e escrita, e outras formas de arte a elas associadas, podem nos ajudar a recuperar nossos sonhos, e a nos conectar conosco e com o mundo à nossa volta. Dando voz tanto a artistas consagrados como a pessoas anônimas, muitas delas sobreviventes de grandes catástrofes — como a recente pandemia da covid-19 —, este livro é ele próprio uma afirmação do poder da arte e da beleza, bem como da necessidade que todos temos de, como queria Rimbaud, “reinventar a vida”. |
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