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Rainha Lira
Peça teatral
Roberto Schwarz
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Enquanto a peça A lata de lixo da história foi o testemunho de Roberto Schwarz sobre o golpe de 1964 após ter voltado do exílio, Rainha Lira é a resposta do autor à barafunda atordoante de nosso mais recente transe. Sua escrita começou durante o impeachment farsesco de Dilma Rousseff, atravessou a eleição de um presidente que tem como bandeira restaurar os anos de chumbo e foi concluída após a temporada na prisão de Luís Inácio Lula da Silva. O leitor logo vai reconhecer pessoas em personagens mas, à maneira das peças de Brecht, aqui elas são figuras dos interesses de classe que se engalfinharam no Brasil desde as manifestações de 2013, transformando nosso país num verdadeiro palco do vale-tudo do capitalismo contemporâneo. |
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Seja como for
Entrevistas, retratos e documentos
Roberto Schwarz
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Seja como for reúne entrevistas, perfis, artigos e documentos daquele que é, na tradição da Escola de Frankfurt, um dos mais importantes críticos da atualidade. O livro cobre cinquenta anos de uma trajetória na qual a coerência, mais que o apego a um método, está ligada aos problemas objetivos do capitalismo contemporâneo. Roberto Schwarz foi o que mais levou a fundo a análise de suas consequências para a vida cultural na periferia, notadamente em seus estudos sobre Machado de Assis, revelando nesse escritor um crítico até então insuspeitado da modernidade — olhar agudo que se estende, no conjunto de sua obra, a vários outros autores e temas. Por sua atualidade, cabe destacar os textos que revisitam o ensaio "Cultura e política, 1964-1969", nos quais o crítico se interroga acerca da produção artística num quadro que combina o avanço do capital e uma ordem política retrógrada - questão que retorna, com urgência extrema, no Brasil do século XXI. |
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Antonio Candido 100 anos
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Organizado em homenagem a um dos maiores pensadores brasileiros, Antonio Candido de Mello e Souza (1918-2017), este livro traz trinta e sete ensaios que abordam diversos aspectos da vida e da obra desse crítico literário, sociólogo e professor que influenciou sucessivas gerações em nosso meio intelectual. Reunindo nomes internacionais como Beatriz Sarlo, Michael Löwy e Ettore Finazzi-Agrò, e brasileiros como Alfredo Bosi, Walnice Nogueira Galvão, José Miguel Wisnik, Ismail Xavier e Luiz Felipe de Alencastro, a obra ilumina novos aspectos sobre a enorme contribuição de Antonio Candido para a nossa cultura. O volume inclui ainda um texto inédito do homenageado, "Como e porque sou crítico". |
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