Jamais fomos modernos
Ensaio de antropologia simétrica
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Bruno Latour
Revisão técnica de Stelio Marras
192 p. - 14 x 21 cm
ISBN 978-85-7326-739-6
1994
- (4ª edição - 2019)
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Rios poluídos, embriões congelados, robôs, organismos geneticamente modificados - como compreender esses "objetos" estranhos que invadem cada vez mais o nosso mundo? Eles concernem à esfera da natureza ou da cultura? Até algum tempo atrás, as coisas pareciam simples: a gestão da natureza cabia aos cientistas e a gestão da sociedade, aos políticos. Mas essa partilha tradicional já se mostrou impotente para dar conta da "proliferação dos híbridos"; daí o sentimento de desconforto que estes nos causam e com o qual a filosofia contemporânea tem sido incapaz de lidar.
Em Jamais fomos modernos, Bruno Latour arrisca uma hipótese inovadora: e se tivermos errado o caminho? E se reconhecermos que nossa sociedade "moderna" nunca funcionou de acordo com a divisão que funda seus sistemas de representação, a distinção drástica entre natureza e cultura? Na prática, nunca deixamos de criar objetos híbridos, que pertencem à natureza e à cultura simultaneamente.
Publicado na França em 1991 e traduzido para dezenas de idiomas, este livro-manifesto, que defende mudanças radicais em nossas formas de compreender o mundo, tornou-se rapidamente um marco do pensamento contemporâneo e continua a abrir novos horizontes em múltiplos campos do conhecimento, da ação e da política.
Sobre o autor
Bruno Latour nasceu na cidade francesa de Beaune, na Borgonha, em 1947. Formado em filosofia e antropologia, foi entre 1982 e 2006 professor do Centre de Sociologie de l'Innovation na École Nationale Supérieure des Mines em Paris, além de professor visitante na University of California San Diego, na London School of Economics e em Harvard. Hoje leciona na Sciences Po de Paris. Em 2013 recebeu o Holberg Prize por sua contribuição às ciências humanas. É autor dos livros Vida de laboratório (com Steve Woolgar, 1979), Ciência em ação (1987), Jamais fomos modernos (1991), Políticas da natureza (1999) e Diante de Gaia (2015), entre outros.
Veja também
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