Busca rápida
digite título, autor, palavra-chave, ano ou isbn
 
Clássicos da literatura
 

 R$ 51,00
         




 
Informações:
Site
site@editora34.com.br
Vendas
(11) 3811-6777

vendas@editora34.com.br
Assessoria de imprensa
imprensa@editora34.com.br
Atendimento ao professor
professor@editora34.com.br

A Doença

 

Domingos Caldas Barbosa


112 p. - 14 x 21 cm
ISBN 978-85-7326-702-0
2018 - 1ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

Domingos Caldas Barbosa (1740-1800) é um dos mais importantes poetas brasileiros do século XVIII e um dos fundadores da nossa música popular. Mestre na arte do improviso, interpretava suas rimas em saraus literários acompanhado por uma viola de arame. Nascido no Rio de Janeiro, filho de um alto funcionário português e de uma escrava de Angola, se estabeleceu em Portugal em 1763 para estudar Direito em Coimbra. Entretanto, com o falecimento do pai, se viu repentinamente só e sem recursos, tendo que abandonar a universidade. Valeu-se então de seu talento como poeta e músico para fugir à pobreza e cair nas graças da ilustre família dos Vasconcelos e Sousa, que o acolheu e patrocinou, abrindo caminho para que ingressasse na Arcádia de Roma sob o nome de Lereno Selinuntino.
A Doença, editado pela Imprensa Régia de Lisboa em 1777, é um poema autobiográfico em estilo épico, no qual Caldas Barbosa narra as dificuldades do início de sua vida em Portugal e faz o elogio à família de seus protetores. Praticamente desconhecido no Brasil, este texto é um raro registro da experiência de um mulato brasileiro no Setecentos, e ilumina de forma extraordinária as relações de poder e de compadrio entre homens livres e nobres portugueses durante o Período Pombalino. A presente edição traz o poema em ortografia atualizada, acompanhado de notas explicativas e um ensaio redigido por Lúcia Helena Costigan e Fernando Morato, da Ohio State University.


Sobre o autor
Domingos Caldas Barbosa nasceu no Rio de Janeiro em 1740, filho de um alto funcionário português e de uma escrava angolana. Estudou no Colégio dos Jesuítas, no Morro do Castelo, entre 1752 e 1757, e após ingressar no Exército brasileiro, é enviado à Colônia de Sacramento em 1761. Voltando ao Rio, embarca para Lisboa em 1763 para estudar Direito em Coimbra, mas já no ano seguinte, com o falecimento do pai, se vê só e sem recursos em Portugal e é obrigado a abandonar a universidade. Graças a seu talento de poeta e tocador de viola, consegue a proteção da família Vasconcelos e Sousa, e no início da década de 1770 passa a morar no palácio dos Condes da Calheta, na capital portuguesa. Em 1775 publica dois opúsculos com poemas celebrando a inauguração da estátua equestre do rei D. José I, e em 1776, uma Recopilação dos principais sucessos da história sagrada em verso. Passa então a adotar o nome de Lereno Selinuntino, "da Arcádia de Roma", com o qual assina o poema autobiográfico A Doença, publicado em 1777. Muda-se para o Palácio de Pombeiro, e consegue em 1787, por decreto da rainha D. Maria I, o cargo de beneficiado da Igreja de São José, em Terena. Em 1790 participa da fundação da Nova Arcádia, academia cuja produção é registrada no Almanak das Musas em 1793, e passa a escrever entremeses e comédias que são encenados nos teatros portugueses. Em 1798 publica sua obra mais conhecida, Viola de Lereno, com as letras de suas modinhas e seus lundus. Faleceu no Palácio de Pombeiro, em Lisboa, em 1800.


Sobre os organizadores
Lúcia Helena Costigan formou-se em Letras Modernas pela Universidade Federal de Goiás. Obteve bolsa da OEA para fazer pós-graduação nos Estados Unidos, realizando seus estudos de mestrado no Boston College. Após prestar concurso e lecionar na Universidade Federal de Mato Grosso por três anos, retorna aos Estados Unidos e obtém o doutorado pela Universidade de Pittsburgh. Em 1989 ingressa como professora e pesquisadora na Ohio State University, sendo atualmente professora titular do Departamento de Espanhol e Português dessa instituição. É autora dos livros A sátira e o intellectual criollo na colônia: Gregório de Matos e Juan del Valle y Caviedes (Latinoamericana, 1991) e Through Cracks in the Wall: Modern Inquisitions and Letrados New Christians in the Iberian Atlantic World (Brill, 2010).

Fernando Morato graduou-se em Letras e Linguística pela Unicamp, onde obteve o título de Mestre em Teoria e História Literária em 2013. Atuou como professor de Literatura, Filosofia e Linguagem Audiovisual, além de desenvolver pesquisas sobre as literaturas portuguesa e brasileira do século XVIII, trabalho que resultou na organização do livro Obras poéticas de Silva Alvarenga: Poemas líricos, Glaura, O Desertor (Martins Fontes, 2005). Atualmente faz seu doutorado na Ohio State University, aprofundando seus estudos sobre a obra de Manuel Inácio da Silva Alvarenga (1749-1814).


Veja também
A noite dos cristais
O Atlântico negro
Modernidade e dupla consciência
Ensaios

 


© Editora 34 Ltda. 2024   |   Rua Hungria, 592   Jardim Europa   CEP 01455-000   São Paulo - SP   Brasil   Tel (11) 3811-6777 Fax (11) 3811-6779