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Tudo pronto para o fim do mundo
Bruno Brum
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Tudo pronto para o fim do mundo, quarto livro do poeta mineiro Bruno Brum, não poderia estar mais em sintonia com os dias atuais. É de um desencanto profundo com as formas assumidas pela vida contemporânea que nascem estes poemas, ainda que perpassados de humor e, por vezes, de uma réstia de lirismo ou ternura. Iconoclasta, perspicaz, cínica e melancólica, a poesia de Bruno Brum se move como o personagem de seu "Porcossauro" - um dos poemas-síntese do livro -, misto de porco e dinossauro que vagueia, cabisbaixo e pensativo, por um mundo em vias de extinção: "Não há para onde ir, conclui, atravessando a rua". |
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Sanguínea
Fabiano Calixto
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Em Sangüínea, Fabiano Calixto, um dos nomes mais importantes da nova geração da poesia brasileira, aposta na variedade de registros, na profusão de tons e de cores. Mas como nota Marcos Siscar, que assina o posfácio, "em nenhum momento essa variedade significa para Calixto uma abdicação da forma". Dono de talento camaleônico, o poeta tira sua força da própria diversidade, e o resultado é uma poesia a um só tempo pop e sofisticada. |
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Jóquei
Matilde Campilho
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O escritor é alguém que presta atenção ao mundo, disse Susan Sontag. O poeta talvez seja alguém que, ao prestar atenção, se espanta com o mundo e, sobretudo, consegue fazer a linguagem se espantar com ele - e dar saltos. Pois este Jóquei dá muitos saltos, a todo instante. São poemas em prosa, conversas por telefone, cartas para crianças, explosões de ternura. Passeando pelas ruas do Rio de Janeiro, perseguindo carros de bombeiro pelo Brooklyn ou contemplando ondas gigantes de um balcão, sopra deste livro - como disse o crítico Gustavo Rubim, saudando sua primeira edição (Lisboa, Tinta-da-China, 2014) - um "vento de pura selvageria". |
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