O desafio da vontade
Treze meses cruciais na história argentina (abril de 2002-maio de 2003)
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Roberto Lavagna
Prefácio de Luiz Carlos Bresser-Pereira
352 p. - 16 x 23 cm
ISBN 978-85-7326-525-5
2013
- 1ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
A crise econômica, social e política atravessada pela Argentina em dezembro de 2001 foi uma das maiores da história recente do capitalismo. Ao colapso do plano que por dez anos havia estabelecido a paridade do peso com o dólar, seguiu-se o congelamento de contas-correntes e poupanças, cinco presidentes em dez dias, incêndios, "panelaços", mortes, convulsões sociais e um grito uníssono: "Que se vayan todos!". A passagem do caos à recuperação foi uma tarefa coletiva sem precedentes, que implicou, em igual medida, o empenho de toda a sociedade e do governo.
Em O desafio da vontade, o economista Roberto Lavagna relata, em primeira pessoa, os treze meses cruciais que passou à frente do Ministério da Economia e Produção. Entre abril de 2002 e maio de 2003, teve que lidar, entre outras coisas, com a pressão dos lobbies, o desemprego, um PIB em queda livre, índices de pobreza recorde, execuções hipotecárias massivas, treze moedas provinciais, e a necessidade de dar um basta às exigências do FMI.
Tendo por base anotações pessoais e dados estatísticos, Lavagna narra passo a passo os acontecimentos públicos e privados de que foi protagonista, analisando sobretudo os bastidores das negociações do maior default soberano da história e detalhando os esforços empregados para tirar a economia argentina de uma terrível recessão. Muito mais do que um livro de memórias, trata-se de uma lição valiosa sobre política econômica e administração do Estado - e os enormes desafios que devem ser enfrentados na defesa do interesse público.
Sobre o autor
Roberto Lavagna (1942) é economista formado em 1966 pela Universidade de Buenos Aires, com pós-graduação em Econometria e Política Econômica pela Universidade de Bruxelas, onde foi aluno de Jan Tinbergen. Foi coordenador do mestrado em Integração Econômica na Universidade de Buenos Aires e, desde os anos 1970, assumiu diversos cargos públicos na Argentina, como o de secretário de Indústria e Comércio Exterior, de 1985 a 1987. Foi um dos mentores do Mercosul na condição de negociador-chefe dos Acordos de Integração Argentina-Brasil em 1986 e 1987, e entre 2000 e 2002 foi embaixador argentino junto aos organismos econômicos internacionais em Genebra e à União Europeia em Bruxelas. Em abril de 2002 foi nomeado ministro da Economia e Produção da Argentina, cargo que ocupou até novembro de 2005. Foi candidato à presidência do país em 2007, e é autor de diversos livros e artigos acadêmicos.
Veja também
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