|
|
|
A cena interior
Marcel Cohen
Projeto gráfico de Raul Loureiro
|
|
Em 14 de agosto de 1943, Marcel Cohen, com cinco anos e meio, foi passear com sua babá em uma praça parisiense. Do outro lado da rua, ao retornar para casa, viu sua família, de judeus turcos emigrados, ser presa pelos nazistas. Todos eles, incluindo sua irmã recém-nascida, sua mãe, seu pai, seus tios e avós, acabariam mortos nos campos de concentração alemães. Setenta anos depois, já um escritor consagrado, Cohen publicou este livro impressionante, "feito de recordações e, em maior medida, de silêncio, de lacunas e de esquecimento", no qual procura recuperar a história de sua família por meio dos parcos objetos e fragmentos de memória que puderam escapar ao Holocausto.
|
|
|
|
|
Carmen
Prosper Mérimée
Projeto gráfico de Raul Loureiro
|
|
Poucos textos do século XIX tiveram vida tão intensa, e extensa, como Carmen, a obra-prima de Prosper Mérimée (1803-1870), novela que deu origem à ópera homônima de Bizet e, mais recentemente, a adaptações para o cinema dirigidas por Jean-Luc Godard e Carlos Saura, entre outros. Na presente edição, a história de amor de dom José e da cigana Carmen ganha uma tradução à altura do estilo preciso, elegante e irônico, porém de grande ressonância dramática, do original francês. Samuel Titan Jr., professor de Teoria Literária da USP e autor da tradução, chama a atenção no posfácio para vários aspectos da obra, inclusive o notável paralelo entre Carmen e a Capitu do Dom Casmurro, de Machado de Assis. |
|
|
|
|
14
Jean Echenoz
Projeto gráfico de Raul Loureiro
|
|
Romance mais recente de Jean Echenoz, um dos mais respeitados nomes da literatura francesa contemporânea, 14 foi um grande sucesso de crítica e público quando lançado em 2012, vendendo mais de 20 mil exemplares em sua primeira semana nas livrarias. O livro, composto por quinze capítulos breves, aborda de forma original o tema da Primeira Guerra Mundial, a partir das histórias individuais de cinco amigos, e uma mulher, que partem para o front sem ter a menor ideia do que os espera. Num estilo apurado, avesso a toda ênfase sentimental ou épica, Echenoz revisita o conflito que definiu os rumos do século XX a partir da perspectiva da gente comum, que se viu entregue à própria sorte, fosse para sobreviver à longa matança, fosse para recomeçar a vida, um dia. |
|
|