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A casa dos animais
Vinciane Despret
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Imagine se, do dia para a noite, os animais decidirem recusar os nomes que os humanos lhes deram? A primeira coisa que descobrem é que o nome é também uma casa, e para saber como alguém se chama é preciso saber como vive. Assim começa A casa dos animais, de Vinciane Despret, uma estudiosa do comportamento animal. Neste livro, os animais têm vez e voz. Aqui ficamos sabendo que, para os caracóis, a casa é ao mesmo tempo prolongamento do corpo e esconderijo; já para os lobos, casa é todo o vasto espaço à sua volta, onde deixam rastros e cheiros. Com um texto saboroso e inteligente, a autora passeia por temas de grande atualidade, como “identidade” e “coabitação”, despertando crianças e adultos para o quanto temos a aprender com os outros seres que partilham conosco o planeta Terra. |
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A Cidade das Mulheres
Christine de Pizan
Introdução de Eric Hicks e Thérèse Moreau
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Escrita por Christine de Pizan em 1405, A Cidade das Mulheres é considerada a primeira obra feminista da história da literatura. Nascida em Veneza e radicada na França, Christine recebeu uma educação refinada na corte de Carlos V, em Paris, onde seu pai era médico do rei. Recorrendo à mitologia greco-romana, aos poemas de Ovídio e Virgílio, a episódios da Bíblia e até aos contos de Boccaccio, num verdadeiro compêndio de histórias exemplares, A Cidade das Mulheres aborda temas surpreendentemente modernos, como o assédio masculino, a igualdade entre os sexos, o acesso ao saber e o reconhecimento da autonomia do próprio desejo. Trata-se de obra fundamental na longa trajetória de luta das mulheres por uma existência plena em todos os domínios da cultura e da vida política e social. |
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Guerra — I
Ofensiva paraguaia e reação aliada novembro de 1864 a março de 1866
Romance
Beatriz Bracher
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Guerra — I é o primeiro romance de uma trilogia que se passa durante a Guerra do Paraguai (1864-1870). Acompanhamos aqui o avanço do exército de Solano López sobre fortes e vilas em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul, provocando a reação de Brasil, Argentina e Uruguai, unidos na Tríplice Aliança, e longas marchas para o front de brasileiros alistados em todos os cantos do país. De forma extremamente original, tudo é narrado pela voz de combatentes que deixaram seu testemunho em cartas, relatórios, memórias e diários cujos fragmentos foram selecionados pela autora, desde notáveis como Osório, Tamandaré, Rebouças e Taunay, a médicos, oficiais e soldados rasos hoje desconhecidos. “Nenhuma palavra nesse romance é minha”, diz a premiada escritora Beatriz Bracher neste livro fora do comum, onde, por não haver outros pontos de vista, vivemos o detalhe, o que está perto, o desconhecimento do todo. Assim, Guerra não explica a guerra, ele é a guerra em primeira pessoa. |
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