Paraíso perdido (edição de bolso)
Com texto integral
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John Milton
Texto em apêndice de Otto Maria Carpeaux
496 p. - 13.5 x 18 cm
ISBN 978-65-5525-030-5
2021
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Um dos maiores poemas épicos da literatura ocidental — de uma tradição que inclui a Ilíada e a Odisseia de Homero, a Eneida de Virgílio e a Divina Comédia de Dante —, o Paraíso perdido foi publicado originalmente em 1667, na Inglaterra, em um período especialmente turbulento daquela nação. Seu autor, John Milton (1608-1674), foi um dos grandes intelectuais de seu tempo e destemido apoiador da Revolução Puritana inglesa, que depôs e executou o rei Carlos I e proclamou a República em 1649. Com a restauração da Monarquia em 1660, Milton caiu em desgraça e, por um problema de saúde, gradualmente acabou perdendo a visão. Foi nessa condição que ele compôs este espantoso poema de 10.565 versos, inspirado no Gênesis, que narra a rebelião de Satã contra Deus, a Criação do Mundo e a Queda do Homem pela desobediência de Adão e Eva no Jardim do Éden.
“Paraíso perdido é um esplendor do barroco: presta-se à reflexão infinita; lido em voz alta, é assombroso. Os rivais de Milton em língua inglesa são poucos: Shakespeare, Pope, Joyce — nossos maiores virtuosos.” (Harold Bloom)
Sobre o autor
John Milton nasceu em Londres, em 1608. Estudou em Cambridge e na década de 1620 inicia sua carreira literária, escrevendo poesias, ensaios e peças teatrais. Em 1638 publica Lycidas, considerado hoje um dos mais belos poemas em língua inglesa, e viaja para a França e a Itália, onde conhece Galileu Galilei. Com o início da guerra civil na Inglaterra, entre os defensores da Monarquia e os puritanos burgueses, Milton retorna a seu país e se engaja no lado puritano. Nos anos 1640 publica uma série de ensaios sobre temas polêmicos do momento: o governo, a igreja e o casamento, e em 1646 lança a coletânea Poems of Mr. John Milton, both English and Latin, and, A Maske of the Same Author. Em 1649 a Revolução Puritana é vitoriosa, o rei Carlos I é preso e executado, e a República é instaurada. Milton assume cargos oficiais e torna-se o principal intelectual do novo governo, mas, por um problema de saúde, sua visão vai progressivamente se deteriorando. Em 1660 a Monarquia é reinstaurada na Inglaterra e o rei Carlos II sobe ao trono; Milton cai em desgraça e só escapa da condenação à morte devido a seu grande prestígio na época. Já praticamente cego, começa a trabalhar na composição de sua obra-prima, o Paraíso perdido, um poema épico de mais de 10 mil versos sobre o Gênesis e a Queda do Homem, que é finalmente publicado em 1667. Em 1671 lança uma sequência da obra, Paraíso reconquistado, e três anos depois publica um segunda versão do Paraíso perdido, com o acréscimo de alguns versos e a mudança de dez para doze cantos. Falece em 1674 em sua casa de Bunhill Fields, no norte de Londres.
Sobre o tradutor
Nascido em 1973 no Porto, Daniel Jonas é hoje reconhecido como um dos nomes mais inovadores da poesia portuguesa contemporânea, sendo ainda autor de diversas traduções, de Shakespeare a Auden, incluindo uma elogiada versão do Paraíso perdido, de John Milton, lançada em 2006 (fruto de seu mestrado em Teoria da Literatura pela Universidade de Lisboa). Em 1997 publicou o seu primeiro livro de poemas, O corpo está com o rei, ao qual se seguiram Moça formosa, lençóis de veludo (2002), Os fantasmas inquilinos (2005), Sonótono (2007), Nenhures (2008), Passageiro frequente (2013) e Nó (2014, vencedor do Grande Prêmio Teixeira de Pascoaes, da Associação Portuguesa de Escritores). Em 2015 foi eleito um dos finalistas ao prêmio de Poeta Europeu da Liberdade. Vive na cidade do Porto.
Veja também
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