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Cinema e teatro
 

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Cine-Olho
manifestos, projetos e outros escritos

 

Dziga Viértov

Tradução de Luis Felipe Labaki

704 p. - 16 x 23 cm
ISBN 978-65-5525-095-4
2022 - 1ª edição

Autor de clássicos como O homem com a câmera e a série Kino-Pravda, Dziga Viértov (1896-1954) foi pioneiro de uma linguagem própria para o cinema, cortando os laços que ainda o atavam ao teatro e à literatura. Na Revolução Russa de 1917, o diretor participou dos agit-trens, percorrendo um país em convulsão nos vagões onde eram projetados filmes para camponeses, soldados e operários. Durante toda a sua trajetória, praticou e defendeu o lema de seu amigo Maiakóvski, segundo o qual não há arte revolucionária sem forma revolucionária, pagando um alto preço a partir do momento em que a cartilha do realismo socialista foi imposta pelo stalinismo.
A partir do gênero do cinejornal, Viértov quis “apanhar a vida de surpresa”, criando filmes que responderam à urgência do momento em que atuava. Como explica Luis Felipe Labaki, tradutor e organizador do volume, o diretor fundia na película um amplo arco de influências, como a música de Scriábin, a produção de agitação e propaganda, o construtivismo e a poesia futurista de Maiakóvski e Khliébnikov. A originalidade de seu pensamento rendeu debates com Eisenstein, René Clair, Chaplin e outros gigantes de seu tempo. Quando, após Maio de 1968, Godard, Jean-Pierre Gorin e outros quiseram levar às últimas consequências os experimentos da Nouvelle Vague, criaram o Grupo Dziga Viértov. E hoje, na Babel de imagens em que vivemos, o diretor segue inspirando novas gerações.
Embora referência incontornável, Viértov teve pouquíssimos escritos publicados em nossa língua e quase sempre em traduções indiretas. O presente volume busca reparar essa lacuna, reunindo manifestos, roteiros, artigos, projetos, cartas e poemas, todos eles traduzidos do russo, com vários inéditos, acompanhados de mais de cem imagens da Coleção Dziga Viértov do Österreichisches Filmmuseum de Viena.


Sobre o autor
Dziga Viértov (David Ábelevitch Kaufman) foi um dos principais realizadores e pensadores do cinema soviético. Nascido em Bialystok, em 1896, no Leste da Polônia (então parte do Império Russo), filho dos donos de uma importante livraria da cidade, estudou em Petrogrado e em maio de 1918 tornou-se secretário administrativo do Departamento de Cine-Crônicas do Comitê Cinematográfico de Moscou, iniciando sua carreira no cinema. Em mais de três décadas de atividade, realizaria várias obras entre cinejornais, curtas, médias e longas-metragens, deixando ainda inúmeros projetos não realizados. Dentre seus trabalhos mais famosos estão a série Kino-Pravda (1922-1925) e os longas Cine-Olho: A vida apanhada de surpresa (1924), A sexta parte do mundo (1926), Três cantos sobre Lênin (1934) e O homem com a câmera (1929), este um dos mais renomados filmes da história do cinema. Ao lado de parceiros de trabalho como a montadora Elizaviêta Svílova, com quem se casaria em 1923, e seu irmão, o cinegrafista Mikhail Kaufman, organizou o grupo Cine-Olho e desenvolveu um método próprio de criação, abolindo as fronteiras entre ficção e documentário. Acusado pela burocracia soviética de ser um “formalista”, nas duas últimas décadas de vida foi relegado ao semiesquecimento, mas após a sua morte, em 1954, sua obra foi recuperada, e hoje Viértov é considerado um dos diretores de cinema mais influentes do século XX.


Sobre o tradutor
Luis Felipe Labaki nasceu em São Paulo, em 1990. É cineasta, pesquisador, tradutor, além de autor de trilhas sonoras e peças de teatro. Formado em Audiovisual pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo em 2013, defendeu seu mestrado pela mesma instituição em 2016, com a dissertação “Viértov no papel: um estudo sobre os escritos de Dziga Viértov”. Em 2017 foi co-curador da retrospectiva de documentários soviéticos “100: De Volta à URSS” que integrou o 22º É Tudo Verdade — Festival Internacional de Documentários. Como diretor, realizou os curtas-metragens O pracinha de Odessa (2013, um retrato do professor e tradutor Boris Schnaiderman), Que tal a vida, camaradas? (2017), Um guarda real (2019) e A maior massa de granito do mundo (2020). Atualmente é doutorando em História, Teoria e Crítica do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da ECA-USP.


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