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Arte e arquitetura
 

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A cidade das colunas

 

Alejo Carpentier

Tradução de Samuel Titan Jr.
Fotografias de Paolo Gasparini

Projeto gráfico de Raul Loureiro


80 p. - 15 x 22,5 cm
ISBN 978-65-5525-199-9
2024 - 1ª edição

A certa altura de A cidade das colunas, ao mencionar o efeito provocado pela retirada de um tapume no centro velho de Havana, Alejo Carpentier nota de passagem: o que se descortinava aos olhos era uma “ágora entre mangues, praça entre matagais”. Nesse registro, em que um elemento primordial da pólis grega surge imerso em outra geografia, o escritor sintetiza o profundo deslocamento que a ocupação do Novo Mundo implicou, a seu ver, para a cultura do Ocidente — tema que ele mesmo não deixaria de tratar em algumas das peças de ficção mais estupendas do século XX, como O reino deste mundo (1949), Os passos perdidos (1953), O século das luzes (1962), O concerto barroco (1974) e outras mais.

À primeira vista, A cidade das colunas pretende tão só apresentar ao leitor certas constantes da arquitetura de Havana que conferiram à cidade sua feição inconfundível. O que se descobre nestas páginas, porém, é muito mais: em cinco breves capítulos, elas exemplificam com exatidão o método do escritor, no qual um anônimo mestre de obras cubano é contraposto a Le Corbusier, o tronco de uma palmeira convive com colunas dóricas, uma figura de retábulo hispânico é vizinha de um herói de Racine. Por meio desses cortes e aproximações, Carpentier promove uma subversão de valores e uma defesa luminosa da mistura e da mestiçagem que ele enxerga no cerne da experiência antilhana e, por extensão, latino-americana.

Publicado originalmente em 1964 com doze fotografias de Paolo Gasparini, o texto de Carpentier vem à luz em sua edição brasileira acompanhado por 42 imagens em preto e branco do fotógrafo italiano — contraponto gráfico certeiro para este ensaio que tem o andamento de um poema.

 

Alberto Martins


Sobre o autor

Alejo Carpentier nasceu em Lausanne, na Suíça, em 1904, filho de pai francês e mãe russa, mas cresceu entre a recém-independente Cuba, para onde seus pais emigraram pouco depois de seu nascimento, e a França. Em 1920, começou a estudar Arquitetura em Havana, mas já no ano seguinte abandonou os estudos para se dedicar ao jornalismo, às letras e à militância política. Em 1928, perseguido pelo regime, fugiu para Paris, onde viveu até 1939 e onde lançou seu primeiro romance, ¡Ecué-Yamba-Ó! (1933). De volta a Cuba, publicou em 1944 Viagem à semente. Em 1945, porém, voltou a exilar-se por razões políticas, dessa vez na Venezuela. Em Caracas, escreveu O reino deste mundo (1949), Os passos perdidos (1953), O cerco (1956), Guerra do tempo (1958) e sua obra-prima, O século das luzes, concluída em 1958, mas publicada apenas em 1962. Em 1959, com o triunfo da revolução, voltou a Cuba, onde desempenhou diversas funções oficiais, em especial junto à Editora Nacional e ao Conselho Nacional de Cultura. Em 1964, publicou no México o volume Tientos y diferencias, que incluía o ensaio A cidade das colunas. Em 1966 voltou à França como diplomata vinculado à embaixada cubana em Paris, época em que publicou os livros Concerto barroco (1974), O recurso do método (1974), A sagração da primavera (1978) e A harpa e a sombra (1979). Em 1978, recebeu o Prêmio Cervantes. Faleceu em Paris, em 1980, e seus restos mortais foram enterrados no cemitério Colón, em Havana.



Sobre o tradutor

Samuel Titan Jr. nasceu em Belém, em 1970. Estudou Filosofia na Universidade de São Paulo, onde leciona Teoria Literária e Literatura Comparada desde 2005. Editor e tradutor, organizou com Davi Arrigucci Jr. uma antologia de Erich Auerbach (Ensaios de literatura ocidental) e assinou versões para o português de autores como Adolfo Bioy Casares (A invenção de Morel), Charles Baudelaire (O Spleen de Paris), Gustave Flaubert (Três contos, em colaboração com Milton Hatoum), Jean Giono (O homem que plantava árvores, em colaboração com Cecília Ciscato), Voltaire (Cândido ou o otimismo), Prosper Mérimée (Carmen), Eliot Weinberger (As estrelas), José Revueltas (A gaiola) e Blaise Cendrars (Diário de bordo).


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