36 p. - 13.5 x 18 cm
ISBN 978-85-7326-223-0
São muitas as expressões desaforadas da língua portuguesa... mas ninguém tinha pensado em fazer versos com elas! Tatiana Belinky partiu da estrutura do limerick (um poema divertido feito com apenas cinco versos, em que o grande craque foi o inglês Edward Lear [1812-1888]) e inventou os mandaliques, pois cada um "manda alguém para algum lugar".aolp
Tatiana Belinky nasceu na cidade de São Petersburgo, na Rússia, em 1919, e mudou-se com os pais para Riga, capital da Letônia, aos dois anos de idade. Em 1929, a família transferiu-se para o Brasil, instalando-se em São Paulo, onde, após cursar o ginásio no Mackenzie, Tatiana estudou Línguas e Filosofia. Em 1940, casou-se com o médico psiquiatra e educador Júlio Gouveia. Juntos os dois seriam responsáveis por várias iniciativas culturais pioneiras na cidade e no país, como a fundação do Teatro-Escola de São Paulo em 1948, as experiências de teleteatro na década de 1950 e 1960 (quando chegou a fazer roteiros de mais de mil obras clássicas da literatura e da dramaturgia) ou, ainda, a criação da primeira adaptação televisiva da obra de Monteiro Lobato, O Sítio do Pica-Pau Amarelo. Paralelamente a sua carreira como autora infantil, com mais de 130 livros publicados e alguns dos mais importantes prêmios literários do país, Tatiana desenvolveu uma sólida trajetória como tradutora, vertendo com extrema qualidade obras clássicas e contemporâneas de língua inglesa, alemã, mas sobretudo de sua amada literatura russa, como Almas mortas, de Gógol, A morte de Ivan Ilitch, de Tolstói, e inúmeros poemas, contos e novelas de autores como Púchkin, Leskov, Turguêniev, Górki, Tchekhov e outros. Faleceu em São Paulo, em 2013, aos 94 anos de idade.
Guto Lacaz, arquiteto e artista plástico, nasceu em São Paulo, em 1948, e é hoje uma figura de destaque na arte brasileira contemporânea, tendo participado de várias exposições importantes, entre as quais a XVIII Bienal de São Paulo. Com seu traço sintético e bem-humorado, já ilustrou diversos livros, entre eles: O retrato das figuras, de Anna Flora (1992); Balé dos Skazkás, de Katia Canton (1997); A vila e o vulcão, de sua própria autoria (2000); e o Livro da primeira vez, de Otavio Frias Filho (2004).