152 p. - 12 x 21 cm
ISBN 978-85-7326-304-6
Um professor, militante da educação, que tinha 24 anos em 1964. Quarenta anos depois, à beira da aposentadoria e prestes a mudar de cidade, ele se vê às voltas com a visita de um irmão, o convite para uma entrevista e a necessidade de organizar seus papéis na casa que já foi vendida.
Com uma prosa ímpar, espécie de "invenção reflexiva" que combina devaneio e esforço de investigação, Beatriz Bracher criou uma narrativa arriscada, necessária e incomum no panorama da nossa ficção contemporânea.
Beatriz Bracher nasceu em São Paulo, em 1961. Formada em Letras, foi uma das editoras da revista de literatura e filosofia 34 Letras, e uma das fundadoras da Editora 34, onde trabalhou de 1992 a 2000. Com seu pai e Marta Garcia, fundou em 2019 a Chão editora, da qual é conselheira editorial. Publicou em 2002, pela editora 7Letras, o romance Azul e dura (reeditado pela Editora 34 em 2010), seguido de Não falei (2004), Antonio (2007), Anatomia do Paraíso (2015), e dos livros de contos Meu amor (2009) e Garimpo (2013), todos pela Editora 34. Escreveu com Sérgio Bianchi o argumento do filme Cronicamente inviável (2000) e o roteiro do longa-metragem Os inquilinos (2009), prêmio de melhor roteiro no Festival do Rio 2009. Com Karim Aïnouz escreveu o roteiro de seu filme O abismo prateado (2011). Meu amor recebeu o Prêmio Clarice Lispector, da Fundação Biblioteca Nacional, como melhor livro de contos de 2009. Garimpo venceu o Prêmio APCA na categoria Contos/Crônicas em 2013 e recebeu menção honrosa no Prêmio Casa de las Américas, de Cuba, em 2015. O romance Anatomia do Paraíso (2015) venceu o Prêmio Rio de Literatura e o Prêmio São Paulo de Literatura em 2016. Antonio foi publicado em espanhol (Caceres, Editorial Periférica), alemão (Berlim, Assoziation A), inglês (Nova York, New Directions) e italiano (Milão, Utopia). Não falei foi publicado em inglês (New Directions) e alemão (Assoziation A).