Karel Capek
Edição apoiada pelo Consulado Geral da República Tcheca em São Paulo
176 p. - 14 x 21 cm
ISBN 978-85-85490-51-5
1994
- (3ª edição - 2013)
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Como teria sido o tribunal que condenou Prometeu por roubar o fogo dos deuses? Que resmungos trocaria um velho casal da Idade da Pedra lamentando a decadência das novas gerações e a falta de perspectivas da humanidade? Quais seriam os comentários maldosos que corriam entre os soldados gregos no cerco de Troia? O que um esforçado padeiro de Jerusalém diria sobre Cristo e seu milagre dos pães?
Perguntas como essas recebem aqui respostas geniais na forma de contos curtos, sutis e reflexivos, com uma ironia libertária que muitas vezes lembra os esquetes anarquizantes do grupo inglês Monthy Python. Mas não é só um humor fino e uma prosa envolvente que estas narrativas nos oferecem.
Nos 29 textos que compõem a coletânea elaborados no período entre as duas guerras mundiais, às vésperas da ascensão do nazismo, o célebre escritor tcheco Karel Čapek (1890-1938) percorre um amplo arco que vai da paródia burlesca à parábola alegórica. Retomando episódios e personagens históricos, míticos e literários de um ponto de vista inusitado, estas Histórias apócrifas questionam o senso comum, os preconceitos e o totalitarismo, mas deixam sempre uma brecha para rirmos e sorrirmos de nós mesmos.
Sobre o tradutor
Aleksandar Jovanovic é doutor em Semiótica e Linguística, professor de graduação e pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, e ensaísta e tradutor de algumas línguas da Europa Centro-Oriental. Dentre outros livros, traduziu, do tcheco, Histórias apócrifas (1994), de Karel Čapek, e Nem santos nem anjos, de Ivan Klíma; do húngaro, História da literatura universal do século XX (1990), de Miklós Szabolcsi, e A exposição das rosas (1993), de István Örkény; do sérvio, Paisagem pintada com chá (1990), de Milorad Pávitch, e Café Titanic (2008), de Ivo Ándritch.
Veja também
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