Isaias Pessotti
256 p. - 16 x 23 cm
ISBN 978-85-7326-080-9
2013
- 1ª edição; 2013 - 3ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Ao embarcar em um navio rumo à Europa, na década de 1960, o jovem escritor Eugênio procura material para um romance sobre a Inquisição portuguesa. Na viagem, conhece um interessante grupo de passageiros, que inclui um padre jesuíta, uma insinuante jornalista e um engenheiro apaixonado por astronomia, com os quais estabelece uma crescente afinidade, embalada pela degustação das comidas e bebidas servidas no transatlântico. O padre Flores apresenta ao grupo os relatos de um estranho processo do Santo Ofício, de 1620, onde a ré, Anna de Praga, acusada de defender a tese de que a Terra não é o centro do universo, desaparece misteriosamente do convento em que estava presa em Évora.
As ideias heliocêntricas punham em xeque os dogmas da Igreja, e é justamente nesse embate entre as múltiplas aparências da realidade que Eugênio terá que encontrar o seu caminho. Desembarcando em Lisboa, ele sairá em busca dos rastros que a herege Anna deixou na cidade, em Évora e na Holanda, mais de três séculos atrás, e descobrirá que a verdade, como a lua de Galileu, pode ter muitas faces.
Sobre o autor
Isaias Pessotti nasceu em São Bernardo do Campo, SP, em 1934, e é professor titular de psicologia, aposentado pela Universidade de São Paulo, junto à qual obteve seu doutorado, em 1969, e a livre-docência, em 1977. Nos anos 1980, dedicou-se a estudos de epistemologia e história da psicologia, e, posteriormente, à evolução do conceito de "loucura", publicando os livros A loucura e as épocas (1994), O século dos manicômios (1996) e Os nomes da loucura (1999). Em 1993 estreou com grande sucesso na ficção, com Aqueles cães malditos de Arquelau, duplamente premiado com o Jabuti de 1994, nas categorias Melhor Romance e Livro do Ano. Seguiram-se O manuscrito de Mediavilla (1995) e A lua da verdade (1997), todas aventuras históricas em chave de especulação ficcional.
Veja também
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