Veronica Stigger
96 p. - 12 x 21 cm
ISBN 978-85-7326-642-9
2016
- 1ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Três textos literários, três gêneros distintos. Este novo livro de Veronica Stigger - uma das vozes mais fortes da literatura brasileira atual - reúne um conto, uma peça teatral curta e um poema, formando um estranho quebra-cabeça em que, surpreendentemente, todas as peças se encaixam. O primeiro texto, "2035", é um relato de tom kafkiano e sombrio situado num futuro distópico. Já na peça "Mancha", duas personagens com o mesmo nome, Carol 1 e Carol 2, travam um diálogo entre cômico e absurdo em torno de uma mancha de sangue no chão de um apartamento. Por fim, o longo poema "O coração dos homens" se constrói sobre memórias de infância em que se confundem verdade e mentira, fato e ficção. Ligando os três textos, sangue, muito sangue, e um uso extremamente consciente e singular da linguagem, que, do trágico ao cômico, do melancólico ao escatológico, encontra sempre a forma e o tom precisos.
Publicado originalmente na Argentina, em 2013, Sul é lançado agora em português - porém, acrescido de um texto oculto, que caberá ao leitor desvelar.
Sobre a autora
Veronica Stigger nasceu em 1973, em Porto Alegre. Desde 2001 mora em São Paulo. É escritora, crítica de arte e professora universitária. Possui doutorado em Teoria e Crítica de Arte pela Universidade de São Paulo e realizou pesquisas de pós-doutorado na Università degli Studi di Roma "La Sapienza", no Museu de Arte Contemporânea da USP e no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. É coordenadora do curso de Criação Literária da Academia Internacional de Cinema e professora dos cursos de pós-graduação em História da Arte e Fotografia da FAAP, em São Paulo. Como curadora, foi responsável pelas exposições Maria Martins: metamorfoses e O útero do mundo, ambas no MAM-SP (2013 e 2016), e, com Eduardo Sterzi, Variações do corpo selvagem: Eduardo Viveiros de Castro, fotógrafo, no SESC Ipiranga (2015). É autora de dez livros de ficção, entre eles Os anões (Cosac Naify, 2010), Delírio de Damasco (Cultura e Barbárie, 2012), Opisanie świata (Cosac Naify, 2013) e os infantis Dora e o sol (Editora 34, 2010) e Onde a onça bebe água (Cosac Naify, 2015, em coautoria com Eduardo Viveiros de Castro). Com Opisanie świata, seu primeiro romance, recebeu os prêmios Machado de Assis, São Paulo (autor estreante) e Açorianos (narrativa longa).
Veja também
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