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Filosofia, estética e ciência  

Fábula: do verbo latino fari, “falar”, como a sugerir que a fabulação é extensão natural da fala e, assim, tão elementar, diversa e escapadiça quanto esta; donde também falatório, rumor, diz que diz, mas também enredo, trama completa do que se tem para contar (acta est fabula, diziam mais uma vez os latinos, para pôr fim a uma encenação teatral); “narração inventada e composta de sucessos que nem são verdadeiros, nem verossímeis, mas com curiosa novidade admiráveis”, define o padre Bluteau em seu Vocabulário português e latino; história para a infância, fora da medida da verdade, mas também história de deuses, heróis, gigantes, grei desmedida por definição; história sobre animais, para boi dormir, mas mesmo então todo cuidado é pouco, pois há sempre um lobo escondido (lupus in fabula) e, na verdade, “é de ti que trata a fábula”, como adverte Horácio; patranha, prodígio, patrimônio; conto de intenção moral, mentira deslavada ou quem sabe apenas “mentirada gentil do que me falta”, suspira Mário de Andrade em “Louvação da tarde”; início, como quer Valéry ao dizer, em diapasão bíblico, que “no início era a fábula”; ou destino, como quer Cortázar ao insinuar, no Jogo da amarelinha, que “tudo é escritura, quer dizer, fábula”; fábula dos poetas, das crianças, dos antigos, mas também dos filósofos, como sabe o Descartes do Discurso do método (“uma fábula”) ou o Descar­tes do retrato que lhe pinta J. b. Weenix em 1647, segurando um calhamaço onde se entrelê um espantoso Mundus est fabula; ficção, não ficção e assim infinitamente; prosa, poesia, pensamento.

Projeto editorial de Samuel Titan Jr.
Projeto gráfico de Raul Loureiro

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A forma e o sentimento do mundo
Jogo, humor e arte de viver na filosofia do século XVIII

Márcio Suzuki

 
Com uma prosa ensaística fluente e rigorosa erudição, Márcio Suzuki, professor da Universidade de São Paulo, analisa neste livro como a filosofia do século XVIII tratou daquilo que os antigos chamaram de "arte de viver": as formas como nos relacionamos com as atividades não produtivas, lúdicas, sem utilidade imediata. Nesse mergulho nas ideias prefiguradas por Montaigne e Pascal e desenvolvidas por pensadores britânicos como Francis Hutcheson e Adam Smith - que trataram do valor do trabalho, mas também do valor do tempo livre, unindo cálculo e sentimento - Suzuki busca iluminar os caminhos que levarão ao pensamento moderno de David Hume e Kant. Como afirma Marilena Chaui, trata-se aqui "de uma outra maneira de escrever história da filosofia".
R$ 107,00
 
O sonho é o monograma da vida
Schopenhauer, Borges, Guimarães Rosa

Márcio Suzuki

 

O sonho é o monograma da vida retraça a teia — verbal, conceitual, imagética — que vincula a criação literária de Jorge Luis Borges à filosofia de Arthur Schopenhauer. Do primeiro encontro com as obras do filósofo na Genebra da Primeira Guerra Mundial aos relatos, poemas e ensaios da maturidade em Buenos Aires, Borges não cessa de citar, comentar, destilar a lição idealista do alemão. Unindo crítica e filosofia, Márcio Suzuki mostra como, por essa via, o autor argentino chega à formulação de um “programa fantástico-idealista” e a um modo originalíssimo de figuração narrativa e poética da história — individual, sul-americana, universal. Por fim, num excurso surpreendente, o ensaio cruza a fronteira para perseguir o ressurgimento dos mesmos temas na obra de outro leitor de Schopenhauer, o brasileiro João Guimarães Rosa.

R$ 78,00

 
Introdução ao método de Leonardo da Vinci

Paul Valéry

 
Uma reflexão intelectual na qual Valéry atribui a Leonardo a inauguração da chamada "lógica imaginativa".

"Paul Valéry transportou a inquietação do próprio espírito à complexidade do de Leonardo da Vinci, perseguindo o universo de concepções do renascentista." (Aurora Bernardini, Jornal da Tarde)
indisponível
R$ 75,00

     
A República de chinelos
Bolsonaro e o desmonte da representação

Luciana Villas Bôas

Posfácio de Newton Bignotto
 
Um presidente que se deixa fotografar de chinelos em pleno exercício do cargo no Palácio da Alvorada. Um mandatário que se comunica com a esfera pública por meio de vídeos e mensagens de celular em linguagem chula. O que poderia à primeira vista ser interpretado como meras transgressões ou excentricidades revela-se um modus operandi que atinge diretamente o nervo das sociedades democráticas. Em A República de chinelos, Luciana Villas Bôas, professora da UFRJ com doutorado pela Columbia University, faz uma leitura inovadora sobre os mecanismos simbólicos da representação política e de seu papel-chave para o Estado de Direito.
R$ 52,00
 
O espaço crítico

Paul Virilio

Tradução de Paulo Roberto Pires
 
O papel da arquitetura na realidade urbana contemporânea é o ponto de partida da análise desenvolvida aqui pelo arquiteto e filósofo francês Paul Virilio, que propõe um implacável diagnóstico do mundo contemporâneo.

"Num tom fascinante e apocalíptico, Virilio tenta explicar as transformações na percepção de tempo dessa nossa era teleinformatizada." (Andrea Estevão, O Globo)
R$ 59,00

 
As aventuras de Georg Simmel

Leopoldo Waizbort

 
O pensamento original de Georg Simmel - em cuja obra Walter Benjamin enxergou a transição da filosofia tradicional para uma filosofia ensaística - é aqui recuperado com maestria por Leopoldo Waizbort, num amplo estudo do ambiente cultural e das relações intelectuais que influenciaram o grande pensador alemão.
R$ 109,00

     
As estrelas

Eliot Weinberger

Tradução de Samuel Titan Jr.
Ilustrações de Fidel Sclavo
Projeto gráfico de Raul Loureiro
Edição bilíngue
 
Um dos livros mais emblemáticos do escritor norte-americano Eliot Weinberger, As estrelas mescla ensaio, ficção e poesia ao reunir uma verdadeira cosmologia de definições, das mais diversas fontes, culturas e épocas, para responder ao verso inicial da obra: "As estrelas, o que são?". Esses diferentes testemunhos da imaginação humana, provenientes de textos filosóficos, manuais de física, mitologias próximas ou distantes, tradições anônimas e relatos de viagem, foram ordenados pelo autor não por hierarquias prévias, mas por um sutil trabalho de composição que beira a música e que é a marca da grande poesia.
R$ 54,00
 
Deleuze: uma filosofia do acontecimento

François Zourabichvili

Tradução de Luiz B. L. Orlandi
 
Obra de introdução ao pensamento de um dos maiores filósofos contemporâneos, Deleuze: uma filosofia do acontecimento, do ensaísta e professor François Zourabichvili (1965-2006), apresenta-se como um itinerário de leitura e um mapeamento dos principais conceitos formulados por Gilles Deleuze (1925-1995), tendo como elemento central a noção de acontecimento. Voltado tanto para o público iniciante como para os estudiosos do filósofo, este é um livro precioso, traduzido de forma exemplar por Luiz B. L. Orlandi.
R$ 62,00

 
     
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