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Grito
Lu Xun
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Grito, publicado em 1923, é a primeira e mais importante coletânea de textos ficcionais de Lu Xun (1881-1936), o maior expoente do modernismo literário chinês. Ao longo dessas catorze narrativas redigidas entre 1918 e 1922, precedidas de um autobiográfico “Prefácio do autor”, Lu Xun não só compõe um retrato vivo do crepúsculo da dinastia Qing (1644-1911) e do conturbado nascimento da primeira República da China (1912-1949), como tece uma aguda crítica aos valores ancestrais e males arraigados da sociedade chinesa. Sua prosa arrojada, que utiliza a expressiva linguagem coloquial de seu tempo, é aqui criativamente reinventada em português por Giorgio Sinedino, professor da Universidade de Macau, autor também do amplo estudo biográfico que serve de introdução ao volume e de um ensaio com comentários esclarecedores a cada um dos contos de Grito. A edição conta ainda com 77 desenhos de Feng Zikai (1898-1975), artista pioneiro da ilustração moderna na China. |
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Os ratos e o gato persa
Obeyd Zakani
Consultoria de Zahra Mousnavi
Posfácio de Rodrigo Petronio
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O poeta persa Obeyd Zakani (1300-1371) é um dos escritores fundamentais do Oriente Médio, e sua obra mais famosa é Mush-o Gorbeh, aqui traduzida como Os ratos e o gato persa. Nesta fábula em versos rimados, pela primeira vez publicada no Brasil, temos a relação de um poderoso felino com o reino dos ratos, numa impiedosa sátira aos tiranos que, no passado e no presente, sempre se apresentam sob novos disfarces. Vertida ao português por Beto Furquim, que recriou os ritmos e a graça do original, a história é acompanhada pelos belos desenhos do artista Alex Cerveny, que encontrou o manuscrito utilizado como base para esta edição, e por um posfácio de Rodrigo Petronio, que aborda os principais aspectos da vida e obra de Zakani. |
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Nós
Ievguêni Zamiátin
Posfácio de Cássio de Oliveira
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Escrito entre 1920 e 1921 pelo russo Ievguêni Zamiátin (1884-1937), Nós é o romance fundador do gênero distópico, tendo influenciado autores como Aldous Huxley e George Orwell. Num futuro distante, com a população mundial reduzida a 10 milhões de habitantes, instituiu-se uma sociedade controlada e mecanizada, o Estado Único. Nela não há espaço para o indivíduo, apenas para o coletivo, as pessoas não têm nomes, apenas números, e qualquer desvio é punido com a morte. Um engenheiro, D-503, escreve um diário (o próprio livro) a fim de registrar os inúmeros benefícios desse mundo "perfeito". Entretanto, ele verá suas convicções abaladas ao conhecer uma mulher misteriosa, I-330, e passar a ter sentimentos há muito reprimidos: sonho, amor, fantasia...
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