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Os ratos e o gato persa
Obeyd Zakani
Consultoria de Zahra Mousnavi
Posfácio de Rodrigo Petronio
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O poeta persa Obeyd Zakani (1300-1371) é um dos escritores fundamentais do Oriente Médio, e sua obra mais famosa é Mush-o Gorbeh, aqui traduzida como Os ratos e o gato persa. Nesta fábula em versos rimados, pela primeira vez publicada no Brasil, temos a relação de um poderoso felino com o reino dos ratos, numa impiedosa sátira aos tiranos que, no passado e no presente, sempre se apresentam sob novos disfarces. Vertida ao português por Beto Furquim, que recriou os ritmos e a graça do original, a história é acompanhada pelos belos desenhos do artista Alex Cerveny, que encontrou o manuscrito utilizado como base para esta edição, e por um posfácio de Rodrigo Petronio, que aborda os principais aspectos da vida e obra de Zakani. |
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Sanatório sob o signo da clepsidra
Bruno Schulz
Posfácio de Danilo Hora
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Publicado em 1937, Sanatório sob o signo da clepsidra é o segundo e último livro do prosador e artista gráfico Bruno Schulz (1892-1942), um dos escritores mais originais do século XX, que teve sua carreira interrompida pela barbárie nazista. Nos treze contos de Sanatório, Schulz dá continuação ao projeto artístico iniciado em Lojas de canela (1934), uma tentativa de elevar o cotidiano mais banal — memórias de uma infância pacata numa cidadezinha provinciana — à categoria do mito, utilizando uma prosa densa, atravessada por vislumbres surrealistas e rica em metáforas imprevisíveis. Neste livro, além de uma versão revista da belíssima tradução de Henryk Siewierski, vertida fielmente do original polonês, o leitor encontrará dois textos inéditos de Bruno Schulz: o ensaio “A mitificação do real”, síntese e manifesto de toda a sua produção artística, e “Úndula”, o primeiro conto publicado pelo escritor, descoberto apenas em 2019. |
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Um quarto só para mim
Virginia Woolf
seguido do ensaio “A querela das mulheres”, de Margo Glantz, com tradução de Gênese Andrade
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Publicado em 1929, Um quarto só para mim (A Room of One’s Own), de Virginia Woolf, é um ensaio incontornável. Convidada no ano anterior a pronunciar palestras na universidade de Cambridge sobre o tema geral de “as mulheres e a ficção”, a autora serviu-se da ocasião para cristalizar suas reflexões sobre a condição e a emancipação da mulher no Ocidente, a natureza e as vertentes da escrita feminina, e a necessidade de reescrever a história da literatura — recorrendo, quando necessário, à ficção e inspirada pelas possibilidades que a modernidade e o feminismo inauguravam. Nesta nova tradução, Um quarto só para mim é seguido por outro ensaio, “A querela das mulheres”, em que a crítica e escritora mexicana Margo Glantz revisita o texto de Woolf à luz da condição feminina no século XXI. |
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