Trabalho e vadiagem
A origem do trabalho livre no Brasil
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Lúcio Kowarick
Prefácio de Raquel Glezer
168 p. - 14 x 21 cm
ISBN 978-85-7326-741-9
2019
- 1ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Nem escravo nem senhor, o homem que nos tempos da escravidão nasceu livre, ou de algum modo "ascendeu" a essa condição, era um estigmatizado enquanto força de trabalho. E quando a Abolição aparece no horizonte, ele, que poderia ser empregado no lugar dos escravos nas lavouras, é preterido pelo imigrante europeu. Tudo porque, pelo menos para os fazendeiros, era considerado um vagabundo, indisciplinado e incompetente.
Em Trabalho e vadiagem, Lúcio Kowarick estuda a formação do mercado de trabalho livre no Brasil, da época da escravidão até o início do século XX. Buscando captar no curso da história brasileira a origem da marginalização de vastos contingentes de nossa população, o livro é de uma surpreendente atualidade, levando-nos a detectar no tratamento da mão de obra de hoje as mesmas situações encontradas no passado.
Lançado originalmente em 1987, este ensaio, que se tornou um pequeno clássico da sociologia brasileira, é agora acrescido de um capítulo inédito, em que se analisa o modo e condição de vida dos chamados "despossuídos" no campo e na cidade.
Sobre o autor
Lúcio Kowarick é graduado pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1961), mestre em Ciências Sociais, com Diplôme D'Études Approfondies en Sciences Sociales obtido na França (1967), e doutor em Sociologia pela FFLCH-USP (1973). Atualmente é professor titular do Departamento de Ciência Política da FFLCH-USP, onde leciona desde 1970. Trabalhou como pesquisador do CEBRAP nos anos 1970, e do CEDEC nos anos 1980, em São Paulo, tendo sido professor e pesquisador visitante do IRD, do IRESCO e da EHESS, em Paris, do Institute of Development Studies da Universidade de Sussex, na Inglaterra, do Institute of Latin American Studies da Universidade de Londres, do Centre for Brazilian Studies da Universidade de Oxford, e do Japan Center for Area Studies, em Osaka. Publicou diversos livros, entre eles Escritos urbanos (2000) e Viver em risco (2009, Prêmio Jabuti 2010 de Melhor Livro de Ciências Humanas), ambos pela Editora 34. Em 2013 recebeu o Prêmio Florestan Fernandes, concedido pela Sociedade Brasileira de Sociologia, pelo conjunto de sua obra.
Veja também
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