Pluralidade urbana em São Paulo
Vulnerabilidade, marginalidade, ativismos
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Este livro foi publicado com o apoio da Fapesp
416 p. - 16 x 23 cm
ISBN 978-85-7326-618-4
2016
- 1ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
São Paulo, atualmente com 11,5 milhões de habitantes, foi a cidade que mais cresceu durante o século XX em comparação às metrópoles europeias e norte-americanas. Apesar de significativas melhorias na infraestrutura urbana - rede de água e esgoto, coleta de lixo etc. -, ela concentra um crescente número de favelados, cerca de 1,5 milhão, 1 milhão de moradores em cortiços, além de 2 milhões de pessoas que habitam nas áreas de proteção de mananciais, nas bordas das represas Guarapiranga e Billings. É uma metrópole que conjuga grupos ricos e outros extremamente mais numerosos compostos por camadas pobres.
"Decifra-me ou te devoro" constitui uma metáfora já utilizada a fim de entender as dificuldades para analisar sua complexidade e suas contradições. A presente coletânea procura desvendar algumas faces enigmáticas dessa esfinge, tais como a violência urbana, as moradias precárias e os partidos políticos. Mas acerca deste último aspecto, propomos uma concepção ampla de política, incorporando eventos como os protestos de 2013 e a ocupação de prédios na áreas centrais da cidade. Nos seus 14 capítulos, antropólogos, sociólogos, cientistas políticos e urbanistas que têm se dedicado ao estudo da metrópole paulistana aprofundam questões como segregação urbana, o uso das praças e ruas das zonas centrais, a produção cultural proveniente das periferias, a extrema vulnerabilidade da "cracolândia" e a influência do PCC na diminuição da taxa de homicídios.
Trata-se uma coletânea que interessa não só a pesquisadores das áreas de ciências humanas, mas também a todos aqueles que almejam uma cidade mais democrática e eficaz no enfrentamento dos problemas urbanos e sociais.
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Sobre os organizadores
Lúcio Kowarick é graduado pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1961), mestre em Ciências Sociais, com Diplôme D'Études Approfondies en Sciences Sociales obtido na França (1967), e doutor em Sociologia pela FFLCH-USP (1973). Atualmente é professor titular do Departamento de Ciência Política da FFLCH-USP, onde leciona desde 1970. Trabalhou como pesquisador do CEBRAP nos anos 1970, e do CEDEC nos anos 1980, em São Paulo, tendo sido professor e pesquisador visitante do IRD, do IRESCO e da EHESS, em Paris, do Institute of Development Studies da Universidade de Sussex, na Inglaterra, do Institute of Latin American Studies da Universidade de Londres, do Centre for Brazilian Studies da Universidade de Oxford, e do Japan Center for Area Studies, em Osaka. Publicou diversos livros, entre eles Escritos urbanos (2000) e Viver em risco (2009, Prêmio Jabuti 2010 de Melhor Livro de Ciências Humanas), ambos pela Editora 34. Em 2013 recebeu o Prêmio Florestan Fernandes, concedido pela Sociedade Brasileira de Sociologia, pelo conjunto de sua obra.
Heitor Frúgoli Jr. é professor livre-docente do Departamento de Antropologia da USP e coordenador do Grupo de Estudos de Antropologia da Cidade (USP). Foi professor titular da Cátedra de Estudos Brasileiros da Universidade de Leiden (2010) e Directeur d'Études da École des Hautes Études en Sciences Sociales (2013). É pesquisador do CNPq desde 2005 e tem várias obras publicadas no campo da antropologia da cidade.
Veja também
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