Eurípides
Edição bilíngue
Ensaio de Bernard Knox
208 p. - 14 x 21 cm
ISBN 978-85-7326-606-1
2015
- 1ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
O Hipólito, de Eurípides, estreou nas Dionísias de Atenas em 428 a.C., recebendo o primeiro prêmio do festival. A trama da peça é ambientada em Trezena, onde o jovem protagonista vive com seu pai, Teseu, e a madrasta, Fedra. O casto Hipólito é devoto da deusa da caça, Ártemis, o que provoca a ira de Afrodite, deusa do amor. Esta, para se vingar, faz Fedra se apaixonar pelo enteado. A partir deste enredo, onde se contrapõem honra e traição, Eurípides constrói de forma engenhosa sua tragédia com uma série de pares opostos: Hipólito e Teseu; Fedra e a nutriz (sua criada); Afrodite e Ártemis; além de dois coros: o das mulheres de Trezena e o dos servos de Hipólito. A presente edição, bilíngue, traz, além da esmerada recriação poética de Trajano Vieira, uma elucidativa análise da peça realizada por Bernard Knox - um dos grandes helenistas do século XX.
Sobre o autor
Eurípides nasceu por volta de 480 a.C. na ilha de Salamina, filho de Mnesarco, um proprietário de terras. Junto com Ésquilo e Sófocles foi um dos três grandes autores da tragédia clássica grega. Sua estreia num concurso teatral ocorreu em 455 a.C., ano da morte de Ésquilo. Das 93 peças que lhe são atribuídas, chegaram até nós dezenove, oito das quais datadas com precisão: Alceste (438 a.C.), Medeia (431 a.C.), Hipólito (428 a.C.), As Troianas (415 a.C.), Helena (412 a.C.), Orestes (408 a.C.), Ifigênia em Áulis e As Bacantes (405 a.C.). Três delas foram representadas postumamente em Atenas: Ifigênia em Áulis, Alcméon em Corinto e As Bacantes. Morreu em 406 a.C., na Macedônia, para onde teria se transferido a convite do rei Arquelau.
Sobre o tradutor
Trajano Vieira é doutor em Literatura Grega pela Universidade de São Paulo (1993), bolsista da Fundação Guggenheim (2001), com pós-doutorado pela Universidade de Chicago (2006) e na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris (2009-2010), e desde 1989 professor de Língua e Literatura Grega no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, onde obteve o título de livre-docente em 2008. Tem se dedicado a verter poeticamente tragédias do repertório grego, como Agamêmnon (2007) e Sete contra Tebas (2018), de Ésquilo; Édipo Rei (2001) e Filoctetes (2009), de Sófocles; e Medeia (2010) e As Troianas (2021), de Eurípides. É também o tradutor das comédias Lisístrata, Tesmoforiantes (2011) e As Rãs (2014), de Aristófanes; do poema Alexandra, de Lícofron (2017); e da Ilíada (2020) e da Odisseia, de Homero (2011), entre outros. Suas versões do Agamêmnon e da Odisseia receberam o Prêmio Jabuti de Tradução.
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