Só para maiores de cem anos
antologia (anti)poética
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Nicanor Parra
Edição bilíngue
288 p. - 14 x 21 cm
ISBN 978-85-7326-724-2
2018
- 1ª edição; 2019 - 2ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Nicanor Parra (1914-2018) foi um dos principais poetas chilenos do século XX e para muitos, como o crítico Harold Bloom e o escritor Roberto Bolaño, um dos maiores poetas do Ocidente. Inventor da antipoesia - uma poesia não eloquente, próxima à língua cotidiana, falada nas ruas; irônica, sarcástica, subversiva e provocadora -, recebeu o Prêmio Reina Sofía de Poesia Iberoamericana em 2001, o Prêmio Miguel de Cervantes em 2011, entre muitos outros, e foi várias vezes indicado ao Prêmio Nobel de Literatura.
Desde 1954, quando lançou Poemas e antipoemas, até 2018, quando faleceu aos 103 anos, Nicanor Parra nunca deixou de escrever e publicar, reinventando-se e atualizando-se a cada geração, seja através da poesia, das traduções ou dos seus "artefatos visuais", com uma obra que revolucionou a literatura de seu país e influenciou gerações de escritores em todo o mundo.
Só para maiores de cem anos é a primeira grande antologia de Nicanor Parra publicada no Brasil, em edição bilíngue, e reúne 75 poemas de seus principais livros, selecionados e traduzidos por Joana Barossi e Cide Piquet.
Sobre o autor
Nicanor Parra nasceu em 1914 em San Fabián de Alico, próximo a Chillán. Em 1933 ingressa na Universidade do Chile, onde cursa matemática e física. Em 1937 publica seu primeiro livro de poemas, Cancionero sin nombreainda sob a influência de García Lorca. Em 1943, viaja para os Estados Unidos para fazer pós-graduação na Universidade Brown, onde estuda mecânica avançada, e a partir de 1945 passa a lecionar na Universidade do Chile. Entre 1949 e 1952 frequenta cursos em Oxford, quando trava contato com a poesia inglesa. Em 1954, de volta ao Chile, publica seu segundo livro, Poemas y antipoemas, até hoje considerado um marco da poesia sul-americana. A partir daí torna-se um dos poetas mais prolíficos do século XX, com uma obra que se estende por cerca de oitenta anos e compreende mais de vinte livros de poemas, como Versos de salón (1962) e Sermones y prédicas del Cristo de Elqui (1977), e uma série de antologias, exposições visuais, traduções e colaborações artísticas. Em 1969 publica Obra gruesa, reunião de todos os seus poemas escritos até então, e em 1972 lança Artefactos, uma caixa com os poemas-objeto que vinha desenvolvendo desde os anos 1960. Em 1985, época em passa a morar no balneário de Las Cruces, publica Hojas de Parra, com poemas escritos a partir de 1969. Em 2011 é agraciado com o Prêmio Cervantes, e em 2017 surge seu derradeiro livro, a coletânea El último apaga la luz. Faleceu em 23 de janeiro de 2018, aos 103 anos, na casa da família Parra em La Reina.
Sobre os tradutores
Joana Barossi é professora, editora e poeta. Estudou Jornalismo, Arquitetura e História da Arte, e é mestranda pela FAU-USP. Trabalhou com desenho de exposições e curadoria e escreveu textos críticos para artistas como Héctor Zamora, Marcelo Cipis, Lina Kim, Guga Szabson e Pablo Saborido. Contribuiu com as revistas Gagarin (Bélgica), Letras Libres (México) e Fórum Permanente (Brasil), entre outras. Foi editora do Projeto Contracondutas (2016), coordenadora editorial da 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo e professora convidada no workshop Travel School da Rhode Island School of Design. Atualmente leciona Arte e Arquitetura na Escola da Cidade, em São Paulo.
Cide Piquet nasceu em Salvador em 1977 e estudou Letras na USP. É editor, tradutor e poeta. Trabalha desde 1999 na Editora 34, atuando nas coleções de poesia e literatura estrangeira. Ministrou cursos sobre edição e tradução na Casa Guilherme de Almeida, na Universidade do Livro e no Curso de Editoração da ECA-USP, entre outros. É autor do livro de poesia malditos sapatos (2013) e da plaquete Poemas e traduções (2017). Publicou traduções de ensaios e poemas em antologias e revistas literárias, e traduziu os livros Histórias para brincar, de Gianni Rodari (2007), e Esta vida: poemas escolhidos, de Raymond Carver (2017, volume em que assina a organização).
Veja também
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