Homero
Edição bilíngue
Ensaio de Simone Weil
1048 p. - 16 x 23 cm
ISBN 978-65-5525-005-3
2020
- 1a edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Composta no século VIII a.C., a Ilíada é considerada o marco inaugural da literatura ocidental. Tradicionalmente atribuída a Homero - ou, segundo alguns, compilada a partir de histórias da tradição oral -, a obra aborda o período de algumas semanas no último ano da Guerra de Troia (que teria ocorrido por volta do século XII a.C.), durante o cerco final dos contingentes gregos à cidadela do rei Príamo, na Ásia Menor.
O poema, formado por mais de 15 mil versos em hexâmetro datílico, distribuídos em 24 cantos, se inicia quando o principal guerreiro grego, Aquiles, se afasta do campo de batalha após uma briga com seu comandante, Agamêmnon. A guerra de dez anos teria sido provocada pelo rapto de Helena, esposa do rei de Esparta, Menelau, pelo príncipe troiano Páris. As impressionantes cenas de batalha entre os combatentes gregos e os guerreiros troianos liderados por Heitor, irmão de Páris, e a iminente volta de Aquiles, que fará com que os gregos retomem a vantagem no conflito, constituem o cerne da narrativa - sempre com a participação ativa dos deuses, divididos no apoio a cada facção.
A Ilíada ganha agora uma nova tradução - das mãos de Trajano Vieira, professor livre-docente da Unicamp e premiado tradutor da Odisseia -, rigorosamente metrificada, que busca recriar em nossa língua a excelência do original, com seus símiles e invenções vocabulares, que permeiam uma narrativa repleta de embates entre o divino e o humano, entre a vida e a morte.
A presente edição, bilíngue, traz ainda uma série de aparatos, como um índice onomástico completo, um posfácio do tradutor, excertos da crítica, e o célebre ensaio de Simone Weil, "A Ilíada ou o poema da força".
Sobre o autor
Pouco se sabe sobre a vida de Homero, o autor da Ilíada e da Odisseia. A tradição diz que viveu por volta do século VIII a.C., e alguns estudiosos localizam seu nascimento na Ásia Menor. Até mesmo a autoria das duas obras tem sido discutida, ao longo dos séculos, na chamada "questão homérica". Mas a crítica é unânime em um ponto: os dois poemas são os textos inaugurais da literatura ocidental.
Sobre o tradutor
Trajano Vieira é doutor em Literatura Grega pela Universidade de São Paulo (1993), bolsista da Fundação Guggenheim (2001), com pós-doutorado pela Universidade de Chicago (2006) e na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris (2009-2010), e desde 1989 professor de Língua e Literatura Grega no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, onde obteve o título de livre-docente em 2008. Tem se dedicado a verter poeticamente tragédias do repertório grego, como Agamêmnon (2007) e Sete contra Tebas (2018), de Ésquilo; Édipo Rei (2001) e Filoctetes (2009), de Sófocles; e Medeia (2010) e As Troianas (2021), de Eurípides. É também o tradutor das comédias Lisístrata, Tesmoforiantes (2011) e As Rãs (2014), de Aristófanes; do poema Alexandra, de Lícofron (2017); e da Ilíada (2020) e da Odisseia, de Homero (2011), entre outros. Suas versões do Agamêmnon e da Odisseia receberam o Prêmio Jabuti de Tradução.
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