Robinson Crusoé e seus amigos
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Leonardo Gandolfi
120 p. - 14 x 21 cm
ISBN 978-65-5525-080-0
2021
- 1ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Imagine um mundo atravessado por buracos negros, impregnado por fantasmas estranhamente familiares e, ao mesmo tempo, crivado de ironias, no qual o visitante é recebido num universo paralelo que, não por acaso, é aqui mesmo. Em Robinson Crusoé e seus amigos, de Leonardo Gandolfi, quem dá as boas-vindas é um coro surpreendente de figuras, registros e duplicidades, diante do qual a noção de autoria é desestabilizada, as expectativas frequentemente se invertem e a voz que lê o poema é também lida por ele, numa espécie de looping da linguagem.
Gênios em garrafas pet, Clarice Lispector, Kaváfis e Julio Iglesias, a mosca Albertina às voltas com a Teoria da Relatividade, estas são apenas algumas das vozes que nos assaltam neste livro inclassificável. E se o deslocamento, o nonsense e o humor paródico permeiam todas as páginas, eles não anulam os afetos nem as angústias, antes promovem uma ciranda na qual todos os convidados se dão as mãos. Afinal, como bem observa Filipe Manzoni, não se trata de simplesmente acompanhar a deriva dos fantasmas, mas de ver as coisas quebradas e, com elas, “inventar novas formas de brincar”.
Este é um livro para o século XXI.
Sobre o autor
Leonardo Gandolfi nasceu em 1981, no Rio de Janeiro, e desde 2013 mora em São Paulo, onde é professor de literatura no Departamento de Letras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e no Programa de Pós-Graduação em Letras da mesma universidade. Publicou os livros de poemas No entanto d’água (7Letras, 2006), A morte de Tony Bennett (Lumme Editor, 2010), Escala Richter (7Letras, 2015) e Robinson Crusoé e seus amigos (Editora 34, 2021). Teve editado na Argentina La muerte de Tony Bennett (tradução de Paloma Vidal, Ediciones Lux, 2021). Foi o responsável pela organização e o posfácio da antologia O coração pronto para o roubo: poemas escolhidos (Editora 34, 2018), de Manuel António Pina, e escreveu o livro sobre esse mesmo poeta para a coleção Ciranda da Poesia (Eduerj, 2020). Organizou, com Claudio Leal, Cancioneiro geral (Círculo de Poemas, 2024), reunião de livros e canções de José Carlos Capinan, e, com Jhenifer Silva, Faça um samba enquanto o bicho não vem: poemas para Sérgio Sampaio (Telaranha Edições, 2024), antologia de poesia contemporânea em homenagem ao músico e compositor capixaba. Ao lado de Marília Garcia, idealizou e coordenou a Luna Parque Edições. Foi também um dos criadores da coleção de livros e plaquetes Círculo de Poemas, que em seus dois primeiros anos (2022-2023) foi um projeto conjunto das editoras Luna Parque e Fósforo.
Veja também
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