Edimilson de Almeida Pereira
112 p. - 14 x 21 cm
ISBN 978-65-5525-132-6
2022
- 1ª edição
Seja no ensaio, na prosa ou na poesia, Edimilson de Almeida Pereira vem criando uma obra que propõe a cada passo novos diálogos com a tradição e formas inéditas de pensar e expressar algumas das questões mais prementes do nosso tempo. Não é diferente o caso de Melro, que, ao lado de Relva (2015) e Guelras (2016), compõe a trilogia Melancolia, nascida no contexto agônico que tomou o Brasil e o mundo de 2014 para cá.
Numa dicção que ecoa, por vezes, a melhor poesia social de Drummond, conversando ou homenageando figuras como Davi Kopenawa, Wole Soyinka, Dylan Thomas, James Baldwin e Carlos de Assumpção, Melro atravessa os eventos dos últimos anos com poemas que performam o ambiente de ascensão do horror e suas reverberações na vida cotidiana, configurando uma poética do exílio que busca, segundo Fabio Cesar Alves, “salvar os vestígios de uma existência em retração”. “A língua surtou,/ mas ainda solucionamos alguns crimes./ Uma árvore e seus netos falam entre si./ Se há saída, rosto escuro na floresta é o seu nome.”
Sobre o autor
Edimilson de Almeida Pereira nasceu em Juiz de Fora, MG, em 1963. É poeta, ensaísta e professor de Literatura Portuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Possui uma obra extensa e múltipla, com publicações nas áreas de poesia, ensaio e prosa, na qual se destacam: Zeosório blues (2002), Lugares ares (2003), Casa da palavra (2003), As coisas arcas (2003), Relva (2015), Maginot, o (2015), Guelras (2016), Qvasi (2017) e a antologia Poesia + (2019) — poesia; Malungos na escola: questões sobre culturas afrodescendentes e educação (2007) e Entre Orfe(x)u e Exunouveau: análise de uma estética de base afrodiaspórica na literatura brasileira (2017) — ensaio; Um corpo à deriva (2020), O Ausente (2020, Prêmio Oceanos) e Front (2020, Prêmio São Paulo de Literatura) — prosa.
Veja também
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