Nova antologia do conto russo (1792-1998)
| |
648 p. - 16 x 23 cm
ISBN 978-85-7326-483-8
2011
- (3ª edição - 2016)
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Quarenta autores, quarenta contos, duzentos anos da melhor prosa russa reunida em um único volume.
Organizada por Bruno Barretto Gomide, professor da Universidade de São Paulo, esta antologia - a primeira no país inteiramente traduzida do russo e composta quase só de obras inéditas em português - apresenta ao leitor um rico panorama da literatura russa ao longo da história, iniciando-se em fins do século XVIII, com Nikolai Karamzin, e chegando até nossos dias, com Serguei Dovlátov, Liudmila Petruchévskaia, Tatiana Tolstaia e Vladímir Sorókin. Entre esses dois extremos, estão presentes todos os grandes nomes, como Púchkin, Gógol, Dostoiévski, Turguêniev, Tchekhov, Tolstói, Górki, Pasternak, Bábel e Nabókov, mas também vários outros menos conhecidos, porém igualmente importantes - Gárchin, Odóievski, Saltikov-Schedrin, Katáiev, Grin, Chalámov, Kharms, Platónov -, alguns deles nunca antes publicados no Brasil. (Veja aqui a lista completa dos contos reunidos.)
Para além dos grandiosos romances de Tolstói e Dostoiévski que, com seus debates de questões morais e existenciais, consagraram a literatura do país em todo o mundo, esta antologia vem mostrar que, na arte do conto, tanto em número como em qualidade - e abarcando uma diversidade de tons e temas -, os russos são igualmente magistrais.
Traduções de Arlete Cavaliere, Aurora Fornoni Bernardini, Boris Schnaiderman, Cecília Rosas, Daniela Mountian, Denise Sales, Fátima Bianchi, Graziela Schneider, Lucas Simone, Mário Ramos, Moissei Mountian, Natalia Marcelli de Carvalho, Nivaldo dos Santos, Noé Silva e Yulia Mikaelyan.
Veja aqui o Sumário da edição
Sobre o organizador
Bruno Barretto Gomide nasceu no Rio de Janeiro em 1972. É doutor pela Unicamp, com estágio de doutorado na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Realizou cursos nas Universidades de Illinois, Indiana, Cambridge e Linguística de Moscou. Desde 2005 é professor de literatura russa na USP, onde atualmente coordena a pós-graduação da área. Publicou em 2011 o livro Da estepe à caatinga: o romance russo no Brasil (1887-1936) pela Edusp, fruto de sua tese de doutorado, e organizou a Nova antologia do conto russo (1792-1998), lançada pela Editora 34 no mesmo ano.
Sobre os tradutores
Arlete Cavaliere é professora titular de Teatro, Arte e Cultura Russa no Departamento de Letras Orientais da FFLCH-USP. Com colegas da universidade organizou a revista Caderno de Literatura e Cultura Russa (2004 e 2008) e os livros Tipologia do simbolismo nas culturas russa e ocidental (Humanitas, 2005) e Teatro russo: literatura e espetáculo (Humanitas, 2011). É autora de O inspetor geral de Gógol/Meyerhold: um espetáculo síntese (Perspectiva, 1996) e Teatro russo: percurso para um estudo da paródia e do grotesco (Humanitas, 2009). Publicou diversas traduções de autores russos, como Gógol, Tchekhov, Maiakóvski e Vladímir Sorókin, além de escrever, para a Editora 34, o texto de apresentação dos Clássicos do conto russo (2015) e organizar a Antologia do humor russo (2018).
Boris Schnaiderman, considerado um dos maiores intelectuais e tradutores do russo em nosso país, nasceu em Úman, na Ucrânia, em 1917. Em 1925, aos oito anos de idade, veio com os pais para o Brasil, formando-se depois na Escola Nacional de Agronomia do Rio de Janeiro. Naturalizou-se brasileiro nos anos 1940, tendo se alistado para lutar na Segunda Guerra Mundial como sargento da FEB. Começou a fazer traduções de autores russos em 1944 e a colaborar na imprensa brasileira a partir de 1957, tendo publicado desde então diversos livros sobre cultura e literatura, além de versões para obras de Púchkin, Dostoiévski, Tolstói, Tchekhov, Górki, Maiakóvski e outros. Mesmo sem ter estudado formalmente Letras, foi escolhido para iniciar o curso de Língua e Literatura Russa da Universidade de São Paulo em 1960, instituição onde permaneceu até sua aposentadoria, em 1979, e pela qual recebeu o título de Professor Emérito em 2001. Ganhou em 2003 o Prêmio de Tradução da Academia Brasileira de Letras, e em 2007 foi agraciado pelo governo da Rússia com a Medalha Púchkin, em reconhecimento por sua contribuição na divulgação da cultura russa no exterior. Faleceu em São Paulo em 2016, aos 99 anos de idade.
Cecília Rosas é mestre e doutoranda em Literatura e Cultura Russa pela FFLCH-USP, com dissertação de mestrado sobre Púchkin. Deste autor traduziu os volumes Noites egípcias e outros contos (2010) e O conto maravilhoso do tsar Saltan (2013), além de organizar e traduzir, de Dostoiévski, a coletânea O ladrão honesto e outros contos (2013). Mais recentemente foram lançadas suas traduções dos livros A margem esquerda, segundo volume dos Contos de Kolimá de Varlam Chalámov (2016), e A guerra não tem rosto de mulher, da Prêmio Nobel de Literatura Svetlana Aleksiévitch (2016).
Denise Regina de Sales é doutora em Literatura e Cultura Russa pela Universidade de São Paulo e trabalha atualmente como professora de Língua e Literatura Russa na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Nasceu em Belo Horizonte, em 1965, e graduou-se em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal de Minas Gerais. De 1996 a 1998, trabalhou na Rádio Estatal de Moscou como repórter, locutora e tradutora. Publicou diversas traduções, entre elas o romance Propaganda monumental, de Vladímir Voinóvitch (2007), as novelas Minha vida e Três anos, de A. P. Tchekhov (2011 e 2013, respectivamente), e a coletânea de contos de Nikolai Leskov, A fraude e outras histórias (2012).
Veja também
|