Aristóteles
Edição bilíngue
232 p. - 14 x 21 cm
ISBN 978-85-7326-605-4
2015
- (2ª edição - 2017)
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Tão concisa quanto essencial, a Poética de Aristóteles (384-322 a.C.), o primeiro e mais importante tratado sobre as formas literárias, cênicas e narrativas da tradição ocidental, não tem deixado de ser lido, comentado e diversamente interpretado ao longo de seus 23 séculos de existência. Em capítulos breves, Aristóteles discorre sobre tópicos centrais da composição poética, como verossimilhança, unidade da obra e diferenciação entre composição poética e narrativa histórica, tirando seus exemplos de Homero e outros autores. A presente tradução de Paulo Pinheiro, professor de Estética e Filosofia, rigorosamente amparada em notas e atenta às pesquisas mais recentes, faz reviver o texto original de maneira clara e profunda, numa edição bilíngue voltada tanto para estudantes como para leitores já iniciados na matéria.
Sobre o autor
Aristóteles nasceu em Estagira, no domínio dos reis da Macedônia, em 384 a.C., filho de Nicômaco, médico da corte. Depois da morte do pai, em 367, viveu em Atenas, onde por vinte anos frequentou a Academia de Platão, dedicando-se ao estudo e talvez ao ensino de retórica. A morte do mestre, em 347, leva-o a deixar a cidade. A convite de Hérmias, tirano de Atarneus, na Ásia Menor, junta-se à pequena extensão da Academia que havia ali. Depois da tomada da cidade pelos persas e da morte do amigo, Aristóteles vai viver em Mitilene, na ilha de Lesbos, onde provavelmente desenvolveu grande parte de seus estudos em ciências naturais. Em 343 é nomeado preceptor de Alexandre, o Grande, cargo que exerce por sete anos. O vínculo entre a maior inteligência e o mais poderoso indivíduo da época parece ter trazido fama e condições materiais para que Aristóteles, de volta a Atenas, estabelecesse sua própria escola, o Liceu. Depois da morte de Alexandre, em 323, o sentimento antimacedônico disseminado levou Aristóteles para longe de Atenas. Retirou-se então para Cálcis, na ilha Eubeia, onde veio a falecer em 322 a.C. Foi autor de cerca de trinta tratados que chegaram até nós, sobre as mais variadas áreas do conhecimento, da poesia à biologia, da física à política, da lógica à metafísica.
Sobre o tradutor
Paulo Pinheiro nasceu no Rio de Janeiro em 1962. Mestre em Filosofia pela PUC-RJ, defendeu sua tese de doutorado em História da Filosofia Antiga na Université de Paris I, em 1995, sob a orientação de Jacques Brunschwig. Desde 1997 é professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), onde atua como professor de Estética Clássica e de História da Filosofia Antiga, nos Departamentos de Filosofia, Teoria do Teatro e Educação Musical. Como tradutor, verteu para o português os "documentos sofísticos" (textos de Górgias, Antifonte, Platão, Élio Aristides, Aristóteles, Filóstrato e Luciano), reproduzidos no livro O efeito sofístico, de Barbara Cassin (Editora 34, 2005).
Veja também
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