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As margens da ficção
Jacques Rancière
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Se, na idade moderna, a sociologia, a ciência política e outras formas de conhecimento tomaram para si a razão ficcional aristotélica, produzindo narrativas com começo, meio e fim, invertendo ao final as expectativas, a ficção moderna trilhou o caminho contrário e instaurou no centro da literatura aquilo que sempre esteve nas suas beiradas — os acontecimentos triviais, os seres humanos comuns e o momento qualquer que pode condensar uma vida inteira. Nos doze ensaios de As margens da ficção, Jacques Rancière, um dos principais nomes da filosofia francesa contemporânea, acompanha esse processo revolucionário inicialmente nas obras de Stendhal, Balzac, Flaubert, Proust e Rilke, passa pelas técnicas narrativas em O capital de Karl Marx, até chegar nos romances de Conrad, Sebald, Faulkner e Virginia Woolf, fechando com uma inspirada análise das Primeiras estórias de Guimarães Rosa. |
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As palavras e os danos:
diálogo sobre a política da linguagem
Jacques Rancière
Javier Bassas
Coedição com a SOFIE (Sociedade Brasileira de Filosofia da Educação)
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Em As palavras e os danos, Jacques Rancière, um dos grandes intelectuais franceses da atualidade, discorre de forma clara e precisa sobre temas-chave de sua obra. Em diálogo com Javier Bassas, professor da Universidade de Barcelona, Rancière apresenta considerações sobre o ativismo, a transmissão, as relações entre arte e política e entre palavra e imagem, que apontam o potencial emancipador de atividades que, ao exporem o dano, produzem a reconfiguração da experiência comum do sensível. Cabe destacar ainda o ineditismo da forma como Bassas leva Rancière a falar de seu próprio modo de escrita, revelando a profunda coerência deste filósofo que, unindo o pensamento à prática, não cessou de construir condições de igualdade com seus leitores. |
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Mal-estar na estética
Jacques Rancière
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Em Mal-estar na estética, publicado na França em 2004, na esteira de seu A partilha do sensível, livro que deslocou de forma profundamente inovadora o debate sobre as relações entre estética e política, Jacques Rancière se contrapõe a algumas das principais correntes críticas das últimas décadas (particularmente às teorias de Badiou e Lyotard), ao mesmo tempo em que aprofunda suas investigações sobre o que constitui uma obra de arte e que relações esta entretém com o conjunto da vida social. Como o autor observa na apresentação escrita especialmente para esta edição brasileira, o termo “estética” designa não uma fruição elitista, mas “uma promessa de comunidade”, compartilhada por todos os humanos. |
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