Buriti do Brasil e da Grécia
Patriarcalismo e dionisismo no sertão de Guimarães Rosa
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Luiz Roncari
Desenhos de Eduardo Haesbaert
240 p. - 14 x 21 cm
ISBN 978-85-7326-546-0
2013
- 1ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Como dar conta da surpreendente trama de vozes, figuras, paisagens e situações que compõem a novela "Buriti", que completa o ciclo de Corpo de baile, publicado por Guimarães Rosa em 1956, fazendo jus, por um lado, a seu alcance universal e, por outro, a seu profundo enraizamento na realidade familiar do patriarcalismo brasileiro? A pergunta, que tem suscitado um sem-número de caminhos interpretativos, encontra em Buriti do Brasil e da Grécia, de Luiz Roncari, uma resposta abrangente e original.
Centrando sua análise nessa novela, o professor de Literatura Brasileira da Universidade de São Paulo revolve várias camadas de sentido que conformam o texto rosiano para eleger uma poderosa matriz de interpretação: o mito grego de Dioniso/Ariadne e sua vigência no sertão de Guimarães Rosa.
Na fazenda Buriti Bom, a que chega Miguel - o mesmo Miguel, Miguilim, de "Campo Geral", agora adulto -, tudo se dá sob a égide do Buriti-Grande, árvore axial e totêmica. Ali convivem lado a lado ritmos da natureza e ritos da cultura urbana e sertaneja, anseios de liberdade dos personagens e amarras do patriarcalismo tradicional. Com tino crítico acurado, Luiz Roncari ilumina as passagens decisivas desta novela excepcional em que os impulsos antagônicos de Eros e de Pan se manifestam com uma força incomum.
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