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Filosofia, estética e ciência
 

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As palavras e os danos:
diálogo sobre a política da linguagem

 

Jacques Rancière
Javier Bassas

Tradução de Lílian do Valle
Coedição com a SOFIE (Sociedade Brasileira de Filosofia da Educação)

120 p. - 13 x 18 cm
ISBN 978-65-5525-191-3
2024 - 1ª edição

Em As palavras e os danos, Jacques Rancière, um dos grandes intelectuais franceses da atualidade, discorre de forma clara e precisa sobre temas-chave de sua obra. Em diálogo com Javier Bassas, professor da Universidade de Barcelona, Rancière apresenta considerações sobre o ativismo, a transmissão, as relações entre arte e política e entre palavra e imagem, que apontam o potencial emancipador de atividades que, ao exporem o dano, produzem a reconfiguração da experiência comum do sensível. Cabe destacar ainda o ineditismo da forma como Bassas leva Rancière a falar de seu próprio modo de escrita, revelando a profunda coerência deste filósofo que, unindo o pensamento à prática, não cessou de construir condições de igualdade com seus leitores.


Texto orelha

Este livro é uma longa conversação entre Jacques Rancière e Javier Bassas, dois pensadores contemporâneos, de línguas maternas diferentes, situação que já coloca em relevo uma de suas problemáticas centrais: o desentendimento como raiz da política e, por que não, do próprio pensamento. Na alternância entre as palavras de um e de outro, o leitor vê se apresentar toda uma filosofia que se vem construindo desde o final da década de 1960 até nossos dias, interpelando de modo original e provocativo os domínios da estética e da política.


A conversação tornada livro oferece um sobrevoo sobre a obra e o pensamento de Rancière, com acento para três problemas centrais — as imagens, a emancipação, a igualdade —, todos atravessados pela palavra, pivô em torno do qual as questões são colocadas. Em torno do problema da igualdade, que Rancière pensa como ponto de partida, não de chegada, descortinam-se as questões centrais de seu pensamento político, que tem na noção de “dissenso” sua contribuição para pensar a democracia. Bassas, tradutor e intérprete do filósofo francês, aponta que há em sua obra um “modo de escrita dissensual”, que concerne à própria origem da escrita.


Ao tratar do problema da emancipação, a política se faz ato e atravessa diversos campos, como a educação, por exemplo. Nas explorações conceituais de Rancière, a emancipação não se restringe ao ato político (em A noite dos proletários ela se dá no ato de criação, quando operários afrontam a norma vigente da produção artístico-cultural), mas diz respeito também a uma emancipação intelectual, como em O mestre ignorante e O espectador emancipado, dentre outras obras. A palavra, aqui, se faz revolucionária. Quando as imagens entram em cena, o estético se evidencia. Ao tratar das relações entre palavra e imagem, a filosofia se encontra com a literatura.


Com esse livro em forma de conversação filosófica, que se aprofunda e se ramifica, o leitor familiarizado com a obra de Rancière encontrará uma forma de abordá-la em seus múltiplos aspectos, descobrindo, talvez, novas possibilidades de leitura. E o leitor iniciante ou que ainda não tenha frequentado essa obra encontrará uma interessante porta de entrada, que abrirá um leque de muitos caminhos possíveis para seu estudo.


Sílvio Gallo
Faculdade de Educação da Unicamp



Sobre os autores

Jacques Rancière, considerado um dos maiores intelectuais franceses da atualidade, nasceu em Argel, em 1940, e é professor emérito de Estética e Política da Universidade de Paris VIII/Vincennes-Saint-Denis, onde lecionou de 1969 a 2000. Entre seus livros destacam-se A lição de Althusser (1975), A noite dos proletários (1981), O mestre ignorante (1987), Os nomes da história (1992), O desentendimento (1995), A partilha do sensível (2000), O inconsciente estético (2001), Aisthesis: cenas do regime estético da arte (2011) e As margens da ficção (2017).


Javier Bassas Vila, filósofo, editor e tradutor, nasceu em Barcelona em 1978. É doutor em Filologia Francesa e Filosofia pela Universidade de Paris IV/Sorbonne e pela Universidade de Barcelona, onde atualmente leciona no departamento de Estudos Franceses. Seus trabalhos se concentram na relação entre linguagem, política e estética, dedicando-se às contribuições de Jacques Derrida, Jean-Luc Marion e Jacques Rancière. Deste último traduziu para o espanhol as obras O espectador emancipado, As distâncias do cinema e O fio perdido. É autor do livro Jacques Rancière: l’assaig de la igualtat (Barcelona, Gedisa, 2017).



Sobre a tradutora

Professora titular de Filosofia da Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Lílian do Valle é docente do Programa de Pós-Graduação em Artes da UERJ e presidente da SOFIE (Sociedade Brasileira de Filosofia da Educação). Graduou-se em Pedagogia pela PUC-RJ em 1978, e concluiu seu doutorado em Educação na Universidade de Paris V/René Descartes em 1982. Realizou dois estágios de pós-doutorado na EHESS, em Paris, em 1991 e 2007, e traduziu do francês obras de Nicole Loreaux (Invenção de Atenas, 1994), Cornelius Castoriadis (Encruzilhas do labirinto V, 1999) e Jacques Rancière (O mestre ignorante, 2002). É autora, entre outros livros, de A escola imaginária (DP&A, 1997) e Os enigmas da educação (Autêntica, 2001).



Veja também
O desentendimento
A partilha do sensível
Estética e política
Políticas da escrita

 


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