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Coleções | Crítica, teoria literária e linguística
 

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A melancolia diante do espelho

 

Jean Starobinski

Tradução de Samuel Titan Jr.
Projeto gráfico de Raul Loureiro

96 p. - 15,5 x 22,5 cm
ISBN 978-85-7326-552-1
2014 - (1ª edição - 2014)
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

O que a melancolia tem a declarar? O que ela tem a dizer de si mesma e do mundo? Com que voz, com que entoação se faz ouvir esse sentimento de desacordo íntimo e cósmico? São essas as questões que preocupam Jean Starobinski neste ensaio notável sobre A melancolia diante do espelho, fruto de uma série de aulas no Collège de France. Para respondê-las, o crítico suíço examina com minúcia três poemas das Flores do Mal. A escolha não é fortuita: vítima e devoto da melancolia, Baudelaire explorou diversos caminhos poéticos para dizer essa experiência tão difícil de capturar em palavras - e tão crucial para toda a arte moderna. Dono de um formidável saber, Starobinski repisa os caminhos pelos quais Baudelaire recolheu e renovou a longa tradição ocidental de figuração da melancolia, mas não o faz por mero amor à erudição. O crítico põe-se à escuta do texto como um clínico ausculta um corpo vivo: para Starobinski os signos verbais, em toda sua complexidade e beleza, são também sintomas de uma condição humana que é preciosa demais para ser deixada sob o véu do silêncio.


Sobre o autor
Jean Starobinski nasceu em Genebra, em 1920, filho de um casal de estudantes judeu-poloneses. Estudou letras e medicina na Universidade de Genebra e trabalhou por vários anos como clínico e psiquiatra em hospitais suíços. Seguiu também carreira nas letras, e escreveu uma tese sobre Rousseau que se tornaria um clássico sobre o tema, Jean-Jacques Rousseau, la transparence et l'obstacle (1957). Em 1958, deu início a uma longa carreira docente na Universidade de Genebra, lecionando literatura francesa, história das ideias e história da medicina. Ensaísta brilhante, publicou textos decisivos sobre seus temas e autores de eleição, como Rousseau, Montaigne, Diderot, Baudelaire, as artes no século XVIII, a melancolia, a psicanálise e a natureza da crítica. Starobinski vive em Genebra, no mesmo bairro em que nasceu.


Sobre o tradutor

Samuel Titan Jr. nasceu em Belém, em 1970. Estudou Filosofia na Universidade de São Paulo, onde leciona Teoria Literária e Literatura Comparada desde 2005. Editor e tradutor, organizou com Davi Arrigucci Jr. uma antologia de Erich Auerbach (Ensaios de literatura ocidental) e assinou versões para o português de autores como Adolfo Bioy Casares (A invenção de Morel), Charles Baudelaire (O Spleen de Paris), Gustave Flaubert (Três contos, em colaboração com Milton Hatoum), Jean Giono (O homem que plantava árvores, em colaboração com Cecília Ciscato), Voltaire (Cândido ou o otimismo), Prosper Mérimée (Carmen), Eliot Weinberger (As estrelas), José Revueltas (A gaiola) e Blaise Cendrars (Diário de bordo).



Veja também
Flores das "Flores do mal" de Baudelaire
O sermão sobre a queda de Roma
Tempo reencontrado
Ensaios sobre arte e literatura
Organização de Carlos Augusto Calil

 


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