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Prometeu Prisioneiro

 

Ésquilo

Tradução de Trajano Vieira
Edição bilíngue

Ensaio de C. J. Herington


184 p. - 14 x 21 cm
ISBN 978-65-5525-169-2
2023 - 1ª edição

Prometeu Prisioneiro, de Ésquilo (c. 525-456 a.C.), é uma peça única dentre as tragédias gregas, e uma das mais marcantes da história da literatura, tendo influenciado escritores e filósofos como Goethe, Marx, Nietzsche, Freud, Brecht, Camus e muitos outros. Integrante de uma tetralogia perdida, escrita provavelmente no final da vida de seu autor, ela se passa nos primórdios da civilização, após a Titanomaquia, e traz, de forma inédita, seres divinos como protagonistas.

A história tem início quando Força, Poder e Hefesto, por ordem de Zeus, acorrentam Prometeu a uma montanha nos confins do planeta. Preso e prestes a ser castigado, o Titã é visitado pelo coro das Oceânides, por Oceano, por Io e por Hermes, que tentam demovê-lo de seu enfrentamento com o novo chefe do Olimpo.

Verdadeiro libelo contra a tirania, mas também um alerta sobre os excessos do homem contra a natureza, a peça é apresentada aqui na esmerada tradução de Trajano Vieira. Esta edição bilíngue inclui ainda um posfácio do tradutor, excertos da crítica e um ensaio do classicista inglês C. J. Herington, que aborda os múltiplos aspectos desta obra ímpar do teatro grego.


Sobre o autor
Ésquilo nasceu em 525 a.C. em Elêusis, a 20 quilômetros de Atenas, e é o primeiro dos três grandes tragediógrafos gregos, que incluem Sófocles e Eurípides. Além de dramaturgo, Ésquilo teve participação militar destacada nas batalhas de Maratona (490 a.C.) e Salamina (480 a.C.). Em 484 a.C. obteve sua primeira vitória em concurso de tragédia, à qual se somariam outras doze. Das cerca de 80 peças que compôs, apenas sete chegaram até nós: Os Persas (472 a.C.), Sete contra Tebas (467 a.C.), As Suplicantes (463 a.C.), a trilogia Oresteia (Agamêmnon, Coéforas e Eumênides, 458 a.C.) e Prometeu Prisioneiro. Faleceu em 456 a.C., em Gela, na Sicília.


Sobre o tradutor
Trajano Vieira é doutor em Literatura Grega pela Universidade de São Paulo (1993), bolsista da Fundação Guggenheim (2001), com pós-doutorado pela Universidade de Chicago (2006) e na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris (2009-2010), e desde 1989 professor de Língua e Literatura Grega no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, onde obteve o título de livre-docente em 2008. Tem se dedicado a verter poeticamente tragédias do repertório grego, como Agamêmnon (2007) e Sete contra Tebas (2018), de Ésquilo; Édipo Rei (2001) e Filoctetes (2009), de Sófocles; e Medeia (2010) e As Troianas (2021), de Eurípides. É também o tradutor das comédias Lisístrata, Tesmoforiantes (2011) e As Rãs (2014), de Aristófanes; do poema Alexandra, de Lícofron (2017); e da Ilíada (2020) e da Odisseia, de Homero (2011), entre outros. Suas versões do Agamêmnon e da Odisseia receberam o Prêmio Jabuti de Tradução.


Veja também
Sete contra Tebas
Ájax
As Troianas

 


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