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14
Jean Echenoz
Projeto gráfico de Raul Loureiro
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Romance mais recente de Jean Echenoz, um dos mais respeitados nomes da literatura francesa contemporânea, 14 foi um grande sucesso de crítica e público quando lançado em 2012, vendendo mais de 20 mil exemplares em sua primeira semana nas livrarias. O livro, composto por quinze capítulos breves, aborda de forma original o tema da Primeira Guerra Mundial, a partir das histórias individuais de cinco amigos, e uma mulher, que partem para o front sem ter a menor ideia do que os espera. Num estilo apurado, avesso a toda ênfase sentimental ou épica, Echenoz revisita o conflito que definiu os rumos do século XX a partir da perspectiva da gente comum, que se viu entregue à própria sorte, fosse para sobreviver à longa matança, fosse para recomeçar a vida, um dia. |
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Uma outra juventude e Dayan
Mircea Eliade
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Obra que inspirou o filme Youth Without Youth, de Francis Ford Coppola, Uma outra juventude nos revela uma faceta pouco conhecida do pai da moderna História das Religiões, Mircea Eliade (1907-1986): a de um inventivo escritor de ficção. Mesclando romance de espionagem e literatura fantástica, a narrativa traz a história de um grande linguista que, atingido por um raio, rejuvenesce e passa a ser perseguido pelos nazistas, interessados nas extraordinárias capacidades mentais que ele adquire. O volume, traduzido diretamente do romeno por Fernando Klabin, se completa com outra novela curta, Dayan, em que um jovem matemático, auxiliado pela lendária figura do Judeu Errante, tenta decifrar o famoso teorema da incompletude de Gödel.
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Números naturais
Marcella Faria
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Entremeando cálculo e acaso, matemática e linguagem verbal, os contos de Números naturais — estreia da bióloga, cientista e escritora Marcella Faria no campo da ficção — não só exploram a ambiguidade do verbo contar (números e histórias), mas propõem um intrigante jogo de espelhamentos no qual natureza e cultura multiplicam seus sentidos. Como observou Roberto Zular, os 26 textos deste livro altamente estruturado parecem “falar a partir desse lugar impossível onde o mapa e a singularidade dos lugares, os desejos e as realizações, se cruzam”. E é precisamente nesse cruzamento inesperado que a arte narrativa revela a sua potência. |
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