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Indicações |
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Foram registradas em áudio as mesas-redondas da série Encontros de Literatura Russa, realizada pela Editora 34 e o Centro Universitário Maria Antonia no final de 2012. Esses registros estão disponíveis aqui.
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Reedições |
Pável Floriênski, A perspectiva inversa |
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Aristófanes, Lisístrata ou A greve do sexo |
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Hilda Machado, Nuvens |
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Isaac Bábel, No campo da honra e outros contos |
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Marcus Vinicius Mazzari, Labirintos da aprendizagem |
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Zuza Homem de Mello, Música nas veias |
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Maksim Górki, Meu companheiro de estrada e outros contos |
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Jacques Rancière, Políticas da escrita |
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José Almino, O motor da luz |
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Franz Kafka, O desaparecido ou Amerika |
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Henrique Cazes, Choro |
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Aracy A. Amaral, Blaise Cendrars no Brasil e os modernistas |
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Dominique Dreyfus, O violão vadio de Baden Powell |
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Pierre Clastres, Crônica dos índios Guayaki |
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Erich Auerbach, Ensaios de literatura ocidental |
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Bertolt Brecht, Histórias do sr. Keuner |
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 Editora 34 na internet |
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Nebulosas
Narcisa Amália
Textos em apêndice de Pessanha Póvoa, Machado de Assis e Narcisa Amália
Leitura obrigatória do vestibular da Fuvest 2026-29
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Nebulosas, de Narcisa Amália, foi publicado originalmente em 1872, quando a autora tinha apenas vinte anos de idade. Atuante desde cedo na imprensa, essa jovem foi então saudada como uma revelação de nossas letras. Os 44 poemas do livro impressionaram pelo diálogo que estabelecia com as três gerações do Romantismo brasileiro, em especial com Castro Alves, e por seu engajamento nas causas sociais. Hoje pouco conhecida, a obra dessa poeta abolicionista, republicana e feminista, pioneira em vários campos, pedia um resgate urgente, o que foi feito no presente volume. Além de um cotejo minucioso com o texto da primeira edição, permitindo recuperar o sentido original dos versos prejudicado pelos erros acumulados em publicações mais recentes, este volume conta com notas, glossários e comentários elaborados para cada um dos poemas do livro, oferecendo chaves de leitura para o seu entendimento. Completam a edição uma apresentação da historiadora Maria de Lourdes Eleutério, o prefácio original da obra e a crítica de Machado de Assis feita no ano de seu lançamento, além de um ensaio e dois poemas posteriores de Narcisa. |
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Escrita por Christine de Pizan em 1405, A Cidade das Mulheres é considerada a primeira obra feminista da história da literatura. Nascida em Veneza e radicada na França, Christine recebeu uma educação refinada na corte de Carlos V, em Paris, onde seu pai era médico do rei. Recorrendo à mitologia greco-romana, aos poemas de Ovídio e Virgílio, a episódios da Bíblia e até aos contos de Boccaccio, num verdadeiro compêndio de histórias exemplares, A Cidade das Mulheres aborda temas surpreendentemente modernos, como o assédio masculino, a igualdade entre os sexos, o acesso ao saber e o reconhecimento da autonomia do próprio desejo. Trata-se de obra fundamental na longa trajetória de luta das mulheres por uma existência plena em todos os domínios da cultura e da vida política e social. |
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No final da década de 1950, Augusto Boal e seus companheiros do Teatro de Arena revolucionaram o que se entendia por arte teatral no Brasil, tornando o espectador parte ativa do que acontecia no palco. Em 1971, após ser preso pela ditadura, o teatrólogo parte para um longo exílio, percorrendo o mundo e difundindo suas ideias entre os profissionais do meio e entre as pessoas comuns nas ruas e praças, pois, para ele, “o teatro é uma forma de conhecimento e deve ser também um meio de transformar a sociedade”. A suma de todas essas experiências está nas dezenas de exercícios teatrais deste Jogos para atores e não atores, livro traduzido para várias línguas, com diversas atualizações, e que é hoje utilizado até para a psicoterapia, a educação e a formação política. O presente volume traz a versão mais completa da obra, estabelecida em 2013, e inclui textos inéditos de Boal em português reunidos em apêndice. |
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Publicado originalmente em 1987, No degrau de ouro é uma das grandes estreias literárias do século soviético. Joseph Brodsky aclamou sua autora como “a voz mais original e luminosa da prosa russa atual”, e ainda hoje, décadas depois, Tatiana Tolstáia é considerada uma das maiores contistas contemporâneas devido à força desta obra. Aqui ela nos apresenta uma galeria de pessoas comuns, invariavelmente insatisfeitas com a vida, em cujo cotidiano monótono abrem-se janelas para vívidas recordações e devaneios, criando uma atmosfera de conto de fadas em meio à dura realidade da União Soviética. Neste volume, ao longo de seus treze contos, a exuberante prosa de Tolstáia é capturada magistralmente por Tatiana Belinky, ela própria uma grande personalidade de nosso meio literário, nesta que é uma de suas mais belas traduções. |
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“Um grande mestre da narrativa”, segundo Thomas Mann, Nikolai Leskov (1831-1895) criou uma prosa original e pitoresca, misturando expressões da língua arcaica e da fala popular que ouviu nas inúmeras viagens pelo vasto território russo em seus anos de trabalho como agente comercial, ainda antes de se tornar escritor. Tudo isso pode ser plenamente verificado em Um pequeno engano e outras histórias, que traz oito pequenas obras-primas escritas entre 1863 e 1885. O volume foi organizado e traduzido por Noé Oliveira Policarpo Polli, da Universidade de São Paulo, que assina também as notas, os comentários aos contos e um alentado ensaio sobre os nomes dados por Leskov a suas obras e personagens. |
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Ao ler O dia e a noite, Roberto Bolaño não hesitou: os aforismos de Georges Braque formam “um livro precioso”. Pois Braque, protagonista maior da pintura moderna, foi também homem de letras. Redigidos ao longo de décadas e publicados depois da Segunda Guerra Mundial, seus aforismos são fruto de uma lenta decantação verbal de sua experiência — e também de um longo diálogo com grandes poetas como Pierre Reverdy e René Char. Seus pensamentos vão das fórmulas oraculares aos apontamentos sibilinos, sem nunca se deixarem reduzir a um sistema doutrinário: afinal de contas, “o conformismo começa pela definição” e é preciso “ter sempre duas ideias, uma para destruir a outra”. Com texto de orelha de Paulo Pasta, esta edição de O dia e a noite é ilustrada com desenhos e caligrafias do próprio Braque e acompanhada de um ensaio do fotógrafo e escritor Brassaï, “Georges Braque”, inédito em português. |
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Baudelaire chegou rápido às letras brasileiras, e não apenas sob a forma dos poemas escandalosos de As flores do mal. Como demonstra Natasha Belfort Palmeira, também os “pequenos poemas em prosa” de O spleen de Paris não tardaram a ser traduzidos, imitados, parodiados por uma turma de jovens escritores. Quase todos desconhecidos, tinham uma coisa em comum: gravitavam em torno de Machado de Assis, secreto instigador dessas leituras pioneiras de Baudelaire. Mas A forma livre não para aí. Ao recontar este capítulo até aqui desconhecido de nossa história literária, a autora reconstrói com ânimo detetivesco como “o circunspecto Machado de Assis incorporou a ideia e a técnica dos petits poèmes en prose ao tecido de suas grandes obras”, em especial às Memórias póstumas de Brás Cubas, que já não poderemos ler sem “reconhecer ali uma tonalidade baudelairiana”, conforme declara Roberto Schwarz em seu texto de apresentação. |
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Guerra — I é o primeiro romance de uma trilogia que se passa durante a Guerra do Paraguai (1864-1870). Acompanhamos aqui o avanço do exército de Solano López sobre fortes e vilas em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul, provocando a reação de Brasil, Argentina e Uruguai, unidos na Tríplice Aliança, e longas marchas para o front de brasileiros alistados em todos os cantos do país. De forma extremamente original, tudo é narrado pela voz de combatentes que deixaram seu testemunho em cartas, relatórios, memórias e diários cujos fragmentos foram selecionados pela autora, desde notáveis como Osório, Tamandaré, Rebouças e Taunay, a médicos, oficiais e soldados rasos hoje desconhecidos. “Nenhuma palavra nesse romance é minha”, diz a premiada escritora Beatriz Bracher neste livro fora do comum, onde, por não haver outros pontos de vista, vivemos o detalhe, o que está perto, o desconhecimento do todo. Assim, Guerra não explica a guerra, ele é a guerra em primeira pessoa. |
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O filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão e preceptor de Alexandre, o Grande, escreveu cerca de trinta tratados que chegaram até nós, textos que se tornaram verdadeiros pilares do que conhecemos hoje como a ciência moderna. Na área da filosofia, a Ética a Nicômaco talvez seja o mais importante deles. Organizado em dez livros, o tratado parte da ideia de que o objetivo último do ser humano é a felicidade, para em seguida analisar os diferentes âmbitos da vida em que devemos agir de maneira virtuosa, guiados pela ponderação. A presente edição, bilíngue, traz uma nova tradução da Ética aristotélica realizada por André Malta, da Universidade de São Paulo, que, com extrema fidelidade ao original e livre de paráfrases, proporciona aos leitores um contato renovado com esta obra fundante da cultura ocidental. |
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Imagine se, do dia para a noite, os animais decidirem recusar os nomes que os humanos lhes deram? A primeira coisa que descobrem é que o nome é também uma casa, e para saber como alguém se chama é preciso saber como vive. Assim começa A casa dos animais, de Vinciane Despret, uma estudiosa do comportamento animal. Neste livro, os animais têm vez e voz. Aqui ficamos sabendo que, para os caracóis, a casa é ao mesmo tempo prolongamento do corpo e esconderijo; já para os lobos, casa é todo o vasto espaço à sua volta, onde deixam rastros e cheiros. Com um texto saboroso e inteligente, a autora passeia por temas de grande atualidade, como “identidade” e “coabitação”, despertando crianças e adultos para o quanto temos a aprender com os outros seres que partilham conosco o planeta Terra. |
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